Introdução: O exercício da Língua Brasileira de Sinais (Libras) pelo médico procura estabelecer um diálogo eficiente com os pacientes surdos. Esse é um ótimo meio para se adquirir uma relação qualificada e de excelência na atenção à saúde destes pacientes. Ademais, o Ministério da Saúde atento à necessidade de entregar um atendimento globalizado e efetivo para os deficientes auditivos criou informativos legais e portarias que visam instruir os profissionais da saúde sobre a inclusão desta parcela da população antes negligenciada. Devido as novas orientações do Ministério da Saúde e por incentivo do MEC diversas instituições acadêmicas já passaram a oferecer o ensino da Libras em meio à sua grade curricular, seja obrigatoriamente ou de forma optativa. Porém, mesmo com estes avanços, ainda há uma insuficiência de literatura acerca da importância da Libras na formação de estudantes de medicina para um melhor atendimento de pacientes surdos. Este cenário confere a extensão de um obstáculo de comunicação entre os médicos e demais profissionais da saúde com os pacientes com deficiência auditiva que usam a Libras, assim dificultando a relação médico-paciente e, um dos reflexos desse fato, são esses pacientes buscarem com menos frequência os serviços de saúde. Dessa forma, ressalta-se a importância e necessidade de estudos que incentivem a discussão acerca da inclusão do paciente surdo no âmbito social, cultural e médico. Objetivo: O presente ensaio objetiva ressaltar a importância do uso da Libras entre os médicos e profissionais de saúde e ampliar o acesso ao conhecimento desta língua em meio à qualificação de futuros profissionais da área, garantindo a inserção integral deste paciente em todos os âmbitos, social, cultural e médico. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de artigos científicos e informativos legais que discorrem sobre a importância do uso da Libras na formação médica e entre os profissionais da saúde. Resultados e discussão: A importância da Libras dentro da área médica é um tema que emerge da necessidade de inclusão de pessoas surdas na sociedade de modo geral. Apesar das instruções do Ministério da Saúde serem marcadas pela instituição da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, que visa atender as pessoas surdas, ainda há um longo caminho para percorrer a fim de se chegar em um resultado satisfatório. Apesar das diferenças que existem entre as pessoas com deficiência auditiva, como formas de comunicação e a linguagem usada, sabe-se que atualmente é essencial saber Libras, uma vez que esta é muito importante na área médica e ajuda na inclusão sociocultural destes pacientes. Nesse contexto, acredita-se, por exemplo, que a presença de um intérprete ou uso da língua portuguesa escrita atrapalharia a relação efetiva entre médico e paciente e, apesar do currículo médico por si só, assim como em outros cursos da área de saúde, já serem bastante extensos e exaustivos, nota-se que o conhecimento de Libras é um diferencial e uma adição importante a todos os profissionais da saúde. Conclusão: Conclui-se que a remoção dos obstáculos de comunicação na relação entre médico e paciente surdo é o primeiro passo para estimular estes pacientes a procurarem os serviços de saúde disponíveis, uma vez que arcar com as demandas dos pacientes é obrigação de todos os profissionais de saúde que prezam por uma sociedade justa e inclusiva. Uma comunicação assertiva com pacientes surdos é fundamental, visto que comunicar é imprescindível para os médicos tanto no diagnóstico quanto na relação médico-paciente. Dessa forma, entende-se que o ensino da Libras no ensino superior, não só no curso de medicina, mas também em outros cursos da área da saúde é de extrema importância para se ter uma assistência à saúde humanizada.

PALAVRAS-CHAVE

LIBRAS; Profissionais da saúde; Inclusão; Ensino; Medicina.