Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, II MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS EM SAÚDE UNIFAGOC

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A LIBRAS E A COVID-19: os desafios da comunicação diante ao enfrentamento a pandemia
Eduardo Rodrigues Rizzon Soares, José Xavier Gomes Netto, Rafael Matiole Bonissato, Cristiano Andrade Quintão Coelho Rocha, Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha

Última alteração: 2023-03-28

Resumo


Introdução: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é decerto, um dos maiores pilares para a promoção de inclusão social e educativa das pessoas surdas. No âmago do período pandêmico várias intempéries coadunaram para que o momento fosse de intenso desafio as pessoas surdas. Em várias questões esta parcela populacional foi prejudicada. As informações quanto ao uso de máscaras adaptadas a este grupo de pessoas era muito pouco difundida, assim como a divulgação em LIBRAS de orientações, cuidados, prevenção e importância da procura do atendimento médico frente aos sintomas era insuficiente. Nesse sentido, é importante evidenciar que a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), não se trata apenas de movimentos e sinais com as mãos, mas também um conjunto de expressões corporais e faciais, para a compreensão completa da linguagem. Além das dificuldades exclusivas para a classe surda, estas pessoas também enfrentaram as dificuldades da população brasileira como um todo, todavia, com uma barreira, que é sua deficiência auditiva. Na comunidade dos surdos, existe uma grande dificuldade no diálogo entre o ouvinte e o receptor, o que requer que o receptor esteja disposto a tentar compreendê-lo. Alguns surdos expressam uma forma individual de comunicação que na ausência da fala é repleta de sinais e sons, provocando distanciamento entre o deficiente auditivo e a população. Objetivo: O presente ensaio tem como objetivo salientar a importância da inclusão social dos surdos, tendo em vista a necessidade da capacitação dos profissionais da saúde, para que esses através da LIBRAS, proporcione atendimento clínico de referência na área da saúde assim como provocar a desmistificação de crenças negativas arraigadas frente a pandemia da Covid-19. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de Políticas Públicas, assim como, na capacitação de profissionais da saúde na Língua Brasileira de Sinais, para promover informações instruindo as pessoas surdas acerca da prevenção e cuidados pessoais para minimizar o contágio da COVID-19. Resultados e discussão: O uso obrigatório de máscaras adaptadas aos surdos durante o período pandêmico deve ser informado com maior amplitude, visto que trará maior segurança sem retirar a capacidade deste grupo se expressar com eficiência no período caótico, visto que eles necessitam das expressões faciais para uma completa compreensão de sua linguagem no contexto de seu atendimento clínico. Neste âmago, Políticas Públicas de intensificação de distribuição de máscara adaptadas aos surdos  que auxilie nas expressões faciais são imprescindíveis, por exemplo, as máscaras transparentes e a distribuição delas e do Face-Shield para a população surda. Outro empecilho foi a não capacitação médica para receber pacientes com essa condição, visto que apenas 5% da população ouvinte pratica LIBRAS e a porcentagem na população médica é ainda menor. Para essa capacitação dos médicos, é necessário mais políticas públicas que impulsionem as instituições de ensino de medicina a lecionarem a disciplina. Conclusão: Diante dos fatos mencionados, conclui-se que a promoção da inclusão social de pessoas com deficiência auditiva é de suma importância, não apenas no contexto da pandemia da Covid-19, mas também na história da humanidade, uma vez que os surdos apresentam identidade e direitos determinados pelo Decreto n° 5.626, o qual garante o direito à saúde de pessoas surdas nas redes do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, é necessário a capacitação dos profissionais da saúde para um melhor atendimento clínico especializado, já que a consulta é feita fisicamente entre paciente e médico, assim então uma boa relação profissional.


PALAVRAS-CHAVE:


LIBRAS; Covid-19; Atendimento clínico; Surdos; Inclusão.