Introdução: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma língua específica destinada à comunicação da população surda, proporcionando uma melhor interação entre os surdos e a sociedade e promovendo a inclusão social. O acesso a saúde é garantido a toda população brasileira e dever do estado, consumando o princípio da dignidade da pessoa humana estipulado no artigo 196 da Constituição Federal de 1.988, mediante políticas sociais e econômicas que visam a redução de doenças e outros agravos universais. Quando se fala em atendimento médico inclusivo, os surdos são negligenciados devido a falta de preparo na formação acadêmica dos profissionais, comprometendo o disposto no artigo supra estipulado. Atualmente, com o propósito de suprir tal defasagem na igualdade do atendimento, a LIBRAS vem sendo adicionada como disciplina na grade curricular da formação humanista dos alunos nos cursos superiores de Medicina, abordando principalmente sobre a interação paciente e médico, aprimorando a qualidade do tratamento do paciente e criando estratégias para atender pessoas surdas frente as suas necessidades individuais, contribuindo para uma visão abrangente no exercício da profissão por meio de informações apuradas acerca da temática. Objetivo: O referido resumo científico expõe a importância da inserção do aprendizado da LIBRAS na graduação das áreas da saúde, como também estratégias de comunicação que visam facilitar a introdução à saúde pelo cidadão surdo, tendo em vista a humanização do atendimento, considerando a importância de expor e proporcionar maior familiaridade com o problema. Mudando a atual situação de não inclusão ao atendimento ao surdo através da capacitação adequada dos futuros profissionais da saúde, objetivando contribuir para a aquisição da interação médica e comunicação com o paciente surdo, a fim, de proporcionar-lhe atendimento clínico justo e eficaz na área da saúde. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de artigos científicos, acerca da falta de acessibilidade enfrentadas por pessoas surdas perante o atendimento em unidades e saúde. Resultados e discussão: A deficiência de conhecimento e até mesmo de interesse sobre a língua brasileira de sinais, prejudica diretamente a construção de um atendimento clínico humanizado. Muitas instituições já vêm inserindo o aprendizado e estudo da língua em sua grade curricular, mesmo que algumas tenham introduzido de forma optativa, é concebido ao futuro profissional a oportunidade de melhor acolhimento aos pacientes surdos. A quebra dessas barreiras de comunicação na área da saúde é um grande passo para encorajar pacientes surdos a fazer uso de todos os serviços e cuidados disponíveis da saúde. Isso irá traduzir um sistema de saúde mais acessível e mais forte, com melhorias da medicina preventiva, melhor compreensão das doenças e dos tratamentos, como também, maior satisfação dos pacientes. Conclusão: É inquestionável a necessidade de uma melhoria na comunicação dos profissionais de saúde com os pacientes surdos, no entanto essa comunicação continua negligenciada nos sistemas de saúde. Destarte, é necessário que a linguagem não-verbal seja um recurso de comunicação conhecido e valorizado no cotidiano das práticas das ações em saúde o quanto antes, afim de assegurar a igualdade da oportunidade de um bom atendimento à saúde.

PALAVRAS-CHAVE

LIBRAS; Formação Médica; Atendimento inclusivo; Saúde.