Introdução: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é essencialmente, um dos maiores recursos edificantes para a oportunização de inclusão social e educativa das pessoas surdas. Entretanto, ainda existem vários pilares sociais que impedem que os indivíduos surdos sejam inseridos na população de forma positiva. Nessa razão, apresenta-se uma intempérie significativa, se trata da falta de conhecimento dos profissionais de odontologia da língua de sinais, em virtude de muitas faculdades, ainda, tanto públicas quanto particulares não oferecerem a matéria de libras como obrigatória na grade de ensino. Logo, o cirurgião dentista não consegue comunicar com o paciente nem coletar informações necessárias para identificar qual o melhor plano de tratamento diagnóstico e prognóstico, considerando informações como tempo de evolução das lesões, alimentação, frequência de escovação, para que o profissional consiga executar o tratamento mais indicado a cada paciente. Objetivo: O presente ensaio objetiva destacar a importância da integração do estudo da língua de sinais (LIBRAS) no curso de Odontologia, uma vez que irá contribuir para a inserção dos indivíduos surdos nos ambientes sociais e além disso irá favorecer a comunicação entre o profissional da odontologia e a pessoa surda assistida. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de artigos referentes ao atendimento na área da saúde aos pacientes surdos no cerne da comunicação, além de leis asseguradas preconizando a inserção social desta parcela populacional. Resultados e discussão: Nos serviços de saúde a comunicação é a porta de entrada para estabelecer um elo de confiança entre profissional e paciente, o que possibilita maior compreensão entre ambas as partes e identificação humanizada e integral de suas necessidades. Para os profissionais da saúde, a comunicação com os pacientes surdos se apresenta como um obstáculo na maioria dos casos, o que faz com que haja, muitas vezes, estratégias comunicacionais, como leitura labial, mímica, escrita entre o cirurgião-dentista e o paciente .Nesse sentido, esse grupo de indivíduos acaba procurando um profissional odontológico poucas vezes , o que infelizmente atrapalha a qualidade de vida dessa parcela da população , uma vez que não averiguando a saúde bucal com recorrência, medidas preventivas não são aplicadas como métodos corretos de escovação, limpeza bucal, acompanhamento de cáries existentes . Conclusão: Portanto, diante dessa situação conclui-se que os indivíduos surdos, ainda, não são totalmente inseridos na sociedade, visto que em relação a saúde odontológica enfrentam muitos obstáculos na comunicação com o profissional. Nessa razão, uma abordagem junto aos surdos mostra quão proeminente é a necessidade de que aspectos da comunicação sejam melhor estudados e abordados no contexto da promoção de saúde coletiva. Formar e informar os profissionais da Odontologia sobre o uso de LIBRAS certamente potencializará a penetração desta profissão no mundo dos surdos, reduzindo as distâncias aferidas nesta pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE:

LIBRAS, Odontologia, comunicação.