Introdução: É de suma importância trazer à tona a influência parental junto ao comportamento infantil durante o atendimento odontológico, pois atualmente o dentista ainda é visto como uma forma de castigo para as crianças e até mesmo pelos pais, devido ao fato de durante alguns atendimentos serem usados instrumentos como agulhas e o micromotor que apresentam barulho desagradável, até mesmo para o cirurgião-dentista. Por este motivo, existe uma certa dificuldade do profissional frente ao atendimento, principalmente do público infantil. Neste viés, é necessário serem rompidas as crenças e paradigmas de que a visita periódica ao consultório odontológico é uma espécie de castigo, visto que nestas crenças, muitas vezes, estão instaurados os traumas vividos pelos pais durante a própria infância gerando comportamentos apreensivos no momento da condução dos seus filhos ao atendimento odontológico. Objetivo: O presente ensaio objetiva apresentar a influência dos pais sobre seus filhos durante uma visita ao dentista, visto que  a maioria dos responsáveis optam por estar junto a criança no momento da consulta odontológica e o comportamento destes é de máxima importância para que possa favorecer a saúde bucal da criança e a realização do procedimento de forma correta, levando em consideração que o odontopediatra deve possuir compreensão das técnicas de manejo comportamental para assim ver o paciente como um todo e não apenas como uma boca, sendo ideal que contenha um preparo prévio da criança pelo seu acompanhante. Metodologia: O método da pesquisa se baseia na revisão bibliográfica sobre o comportamento infantil frente a presença dos pais durante uma consulta odontológica. Resultados e discussão: A infância é uma fase de desenvolvimento e de acordo com cada situação e com o apoio dos pais iniciam a formulação de suas personalidades. Decerto, nesse período os pais apresentam um papel de bastante influência, pois é na família que ocorre a socialização primária, no qual são transmitidas comportamentos, valores, regras e normas. Diante disso, o consultório odontológico consiste em uma nova descoberta para as crianças, além de serem expostos a materiais e equipamentos profissionais. Isso pode desenvolver um desconforto físico e psicológico, como medo, dor e ansiedade provocando um comportamento que acaba por interferir no atendimento ao paciente infantil. Além disso, é notória a necessidade do profissional apresentar habilidades e conhecimento de técnicas de manejo comportamental para que ocorra uma boa relação entre o cirurgião-dentista e a criança, permitindo que, também, a primeira experiência ocorra com o mínimo de trauma psicológico e físico para criança. Entretanto, nem sempre essas técnicas são suficientes para que ocorra um atendimento adequado, pois os pais se apresentam como um fator importante para a ansiedade da criança. Por certo, isso se deve as experiências traumáticas vivenciadas pelos pais anteriormente e acabam por transmitir essas emoções e palavras negativas, como "injeção" e "dor" aos seus filhos, gerando ansiedade e medo. Neste princípio, nota-se que os pais são influenciadores no psicológico da criança e nas suas dificuldades de enfrentar a situação. Conclusão: Conclui-se que, em consonância as afirmativas explanadas, o comportamento infantil está relacionado com o estresse dos pais que vivenciaram experiências traumáticas anteriormente em consultórios odontológicos, tornando-se necessário o manejo comportamental e a orientação dos pais ou responsáveis para que possa ocorrer uma consulta bem-sucedida.

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