Introdução: A Síndrome de Down (SD) é uma anomalia cromossômica que apresenta diversas consequências, uma delas é a presença de alterações no sistema estomatognático que abrange os dentes, língua, maxila, mandíbula, periodonto, palato, oclusão e articulações temporamandibular. Essa doença foi descrita por John Langdon Tang (1866), e pode ser diagnosticada durante a gravidez. Um ponto importante quando se discute sobre essa deficiência é o benefício do processo de inclusão social e familiar como melhoria da qualidade de vida desses indivíduos, sendo assim, a Odontologia se torna crucial durante esse processo, possibilitando condições mais favoráveis para os mesmos, além de proporcionar uma melhor adaptação para as pessoas com deficiência junto à sociedade. Destaca-se que o cirurgião dentista deve realizar um acompanhamento bem mais detalhado com esses pacientes em decorrência das anomalias estruturais e bucais que possuem. Cabe ao profissional aderir a uma conduta mais empática durante suas consultas, mantendo uma postura que se enquadre dentro das condições apresentadas. Objetivo: Considerando as inúmeras características orofaciais ocasionadas pela síndrome, o presente ensaio objetiva salientar a importância da inclusão desses pacientes no consultório odontológico, garantindo qualidade no atendimento e excelência nos procedimentos prestados, levando em consideração todo o histórico e visando a eficiência durante o atendimento, discutindo também as principais competências a serem desenvolvidas pelo dentista, respeitando sempre as diferenças e limites daquele paciente. Metodologia: A atual pesquisa se baseia na revisão bibliográfica, sendo utilizados artigos e pesquisas publicadas com a mesma temática nas plataformas da SciELO (Scientific Eletronic Lirary Online) e  NCBI/PubMed (National Center for BiotechnologyInformation) com acesso gratuito, obtendo assim informações completas e objetivas do assunto, visando também à importância de aderir aos atendimentos os valores éticos e humanitários. Resultados e discussão: Frente à revisão bibliográfica baseada nas análises dos artigos da literatura pesquisada, observa-se a necessidade do atendimento odontológico especializado em pacientes com SD, salientando a melhora na qualidade de vida. Neste contexto, a empatia profissional soma resultados positivos ao tratamento, paralela ao respeito durante toda a consulta, levando em consideração as necessidades daquele paciente que possui direito a um tratamento digno, com atenção e cuidado, que se torna além da capacidade profissional de exercer e executar os serviços. É de suma importância que o paciente se sinta incluído no ambiente odontológico, para que haja efetividade e resolução nos processos terapêuticos. Conclusão: Levando-se em consideração os fatos apresentados, a realização do tratamento odontológico é possível e garantida pela Constituição Brasileira. A execução e técnicas de manejo são fundamentais para a promoção de saúde bucal adequada, sendo papel do cirurgião dentista avaliar o quadro do paciente com Síndrome de Down, levando em consideração também os riscos de uma submissão aos procedimentos prestados, criando uma relação de confiança com o seu paciente e familiares, para assim atuar de forma eficaz na prevenção a degradação da saúde bucal.

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