Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol III (2018) - n.1 - I Semana de Psicologia - FAGOC

Tamanho da fonte: 
Atos infracionais e a redução da maioridade penal
Itamar Martins Firmino, Cristina Toledo, Vanessa de Souza Braga, Ana Luiza dos Santos, Laura Marcine Cruz Leite, Jakelline Filgueiras da Silva Souza, Dalila Nogueira Lopes

Última alteração: 2018-06-05

Resumo


Introdução: A redução da maioridade é proposta recorrente de intervenção contra a criminalidade no país, em pauta tanto no âmbito político quanto no midiático. Dentre os diferentes sujeitos, circulam discursos ora que defendem, ora que condenam a proposta apresentada na PEC 171. Fez-se necessário de início, imparcialidade, no intuito de obter um posicionamento teórico o mais condizente com a pratica profissional de um psicólogo. Ao longo da pesquisa, notou-se a necessidade de uma série de esclarecimentos acerca dos possíveis impactos acarretados com a redução da maioridade penal, e ainda, acerca do compromisso social tanto das políticas públicas como da psicologia para com os jovens.

Objetivo: Teve-se como objetivo estudar a proposta que visa a redução da maioridade penal; o contexto sócio-político atual do Brasil; quantos e quem são os menores infratores; se existe o cumprimento do compromisso social para com os jovens de todas as camadas sociais e qual a susceptibilidade dos mesmos à criminalidade. Ainda, esclarecer a condição fisiológica e sócio-histórica do adolescente e a necessidade de um tratamento diferenciado.

Método:  O estudo de campo fora realizado através de uma pesquisa de natureza quantitativa, pelo método de aplicação de questionário e coleta dos referentes dados, visando o conhecimento de jovens e adolescentes à respeito das questões imbricadas à redução da maioridade penal.

Resultado: Ao todo, participaram 119 adolescentes. Grande parte se posicionou à favor da redução e disseram saber a respeito das questões envolvidas à marginalidade dos jovens, como o uso de drogas e o pertencimento à classes sociais mais baixas. Ainda, a maioria concordou que a atual situação do sistema carcerário brasileiro é precária e que é necessário maior investimento em políticas públicas voltadas para a educação, saúde e cultura.

Conclusão: Os índices de violência aumentam no Brasil atual e o sentimento de revolta e impunidade leva as pessoas a apoiarem políticas superficiais, que pregam transformação sem uma reforma drástica nas estruturas sociais. Tanto para o Conselho Regional de Psicologia quanto para outros órgãos diretamente ligados a problemática da violência entre os jovens, e do estado contra os jovens, posicionaram-se contra a redução. É viável a aplicação das medidas socioeducativas propostas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e a seguridade do cumprimento das demandas em saúde, educação e lazer sobre outras demandas sociais.


Palavras-chave


Redução, maioridade, social, política, adolescentes, marginalidade