A imagem corporal é a imagem mental que temos do nosso próprio corpo.  É um constructo psicológico desenvolvida à partir de pensamentos, sentimentos e percepções que a pessoa tem de sua aparência geral. Os transtornos alimentares são associados a essa imagem corporal e surgem como uma forma de modificar a fisionomia para se adequar àquilo que se tem como ideal de corpo perfeito para si mesmo. Diante disto, este trabalho tem como objetivo realizar uma pesquisa com adolescentes sobre imagem corporal e transtornos alimentares. A metodologia empregada nesse  trabalho foi a aplicação de um questionário. Foram aplicados 48 questionários, sendo 27 (56,25%) respondidos por pessoas do sexo feminino e 21 (43,75%), do sexo masculino. O questionário das meninas mostrou que a maioria se preocupa com o ideal de corpo perfeito e que seu maior influenciador desse estereótipo é a Internet. Muitas, apesar de responder que se sentem insatisfeitas com o corpo, marcaram que não seguem algum tipo de padrão, o que se contradiz de certa forma. Apenas 6 (22,23%) confirmam que já usaram aplicativos para corrigir digitalmente seu corpo, e se sentem culpadas ao comer. Já dos meninos, 8 (38,09%) afirmam que mudam o corpo digitalmente, e essa mesma quantidade dizem estar insatisfeitos. Apesar de se mostrarem contraditórios com as respostas anteriores, 10 (47,61%) afirmaram não seguir nenhum tipo de padrão. O que se difere do questionário feminino é a questão de onde vem essa influência para o ideal do corpo perfeito. Os meninos em sua maioria encontram suas inspirações em amigos e familiares. Pode-se concluir que os sintomas e situações que envolvem os transtornos alimentares estão presentes no cotidiano desses adolescentes. Os alunos de ambos os sexos se mostraram contraditórios em muitas de suas respostas, nos levando a observar um conflito que os mesmos demonstram quando o assunto é influência dos padrões de beleza em suas vidas. Podemos destacar o fato de que muitos deles encontram inspirações para esses padrões de corpo ideal na mídia e com amigos e familiares, o que gera uma rede de compartilhamento desses comportamentos.