Introdução: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é decerto, um dos maiores pilares para a promoção de inclusão social e educativa das pessoas surdas. No âmago do processo inclusivista encontram-se crenças, que adentradas aos pressupostos de Krüger (1995) são proposições que ao serem formuladas e por vezes, subsequente, aplicadas, afirmam ou negam uma associação entre dois objetos concretos ou abstratos, ou entre um objeto e algum possível atributo deste. Neste viés, crenças inclusivistas podem se enraizar positivamente ou negativamente de acordo com as mais variadas variáveis, entre elas, as culturais, sócio-históricas, afetivas, cognitivas, sócio interacionistas. Atualmente a LIBRAS têm sido oferecida, como disciplina, na formação humanista dos alunos nos cursos superiores de Medicina, aportando por meio da forma específica de comunicação e na interação, melhorias no trato qualitativo do paciente, criando estratégias para atender pessoas surdas frente as suas necessidades individuais, contribuindo para uma visão holística no exercício da profissão por meio de informações acuradas acerca da temática.  Objetivo: O presente ensaio visa esgrimir a importância do estudo e aprendizado da LIBRAS nos Cursos de Medicina visando contribuir para a aquisição de comunicação com o paciente surdo, a fim, de proporcionar-lhe  atendimento clínico de referência na área da saúde assim  como provocar a desmistificação de crenças negativas arraigadas frente as capacidades de inserção das pessoas surdas. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de leis asseguradas por meio de Políticas Públicas assim como no estudo de crenças de médicos em formação, acerca das pessoas surdas, antes e após o estudo na disciplina LIBRAS. Resultados e discussão: As crenças interferem na construção de pensamentos sobre pessoas e fatos, comportamentos e condutas pois influenciam consideravelmente as formas como interagem, como estabelecem relações, empoderando-os de convencimento para apresentarem razões acerca do que acreditam, explicando e justificando seus comportamentos. Neste princípio, nota-se que o modo ao qual se conduz a afirmativa do que se acredita ser real, influencia significativamente e, por vezes, até muito mais o comportamento de pessoas do que a própria realidade. A crença depositada em uma ideia é o fato que lhe dá destaque entre as demais, fazendo com que à mente se incline mais à direção do que se acredita. Frente aos propósitos de Krüger no âmbito de crenças e na revisão bibliográfica da LIBRAS na formação de médicos, denota-se, que as informações acuradas, fundamentadas teoricamente em junção à prática corroboram para o surgimento de uma visão humanista acerca do atendimento clínico de pessoas surdas, maior interação por meio da LIBRAS e pensamento crítico propulsor à crenças positivas quanto a oportunização de melhor acolhimento aos pacientes surdos. Conclusão: Conclui-se que, em consonância as afirmativas explanadas, a inclusão social da pessoa surda têm buscado se legitimar não somente por meios legais mas também defronte a possibilidade de formação, principalmente de médicos, na área da saúde contemplando a ruptura de crenças negativas no cerne desta temática e oportunizando novos rumos à práticas verdadeiramente inclusivistas.