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A Psicologia e suas possíveis intervenções para prevenção de casos de Depressão Pós-Parto
Última alteração: 2017-09-19
Resumo
Introdução: A Depressão Pós-Parto (DPP) é uma alteração de humor ou do afeto, presente em mulheres no período puerpério. A DPP é definida por um ou mais episódios depressivos após o nascimento de um filho e, distingue-se, por um aglomerado de sintomas que se iniciam, na maioria das vezes, entre a quarta e a oitava semana após o parto, acentuando-se nos seis primeiros meses. Com isso, a saúde da mãe e criança são afetadas. A relevância desse estudo pode ser afirmada diante do fato desse fenômeno ocorrer em um período vulnerável para saúde de mãe e filho. (Brocchi, Bussab & David, 2015). O presente estudo tem como objetivo geral, investigar sobre as possíveis intervenções para prevenção da Depressão Pós-Parto, no campo da Psicologia. Método: Trata-se de uma pesquisa fundamental de objetivo exploratório com análise qualitativa dos dados produzidos. Para produção dos dados foi realizada uma busca com as palavras-chave “prevenção”, “depressão pós-parto” e “psicologia” na base de dados Google Acadêmico. Tomamos como critério de inclusão, artigos científicos nacionais publicados entre os anos de 2014 e 2017 sobre o trabalho da Psicologia nos cuidados da DPP. Resultados: A princípio, foi possível perceber que a pressão acerca da gravidez é voltada de forma majoritária para a mãe, tendo essa que se preocupar com diversos fatores, sendo o financeiro mais citado, o que acaba sendo um reforçador de sintomas depressivos, como afirma Moraes (2016). Dessa forma a revisão também apontou para o fato do menor nível socioeconômico e a baixa escolaridade se apresentarem como fatores mais de associados a Depressão Pós-Parto. Em meio aos elementos psicossociais que possuem maior relação, ocorrem o histórico de doença psiquiátrica, o suporte social reduzido, a depressão pré-natal, baixa autoestima, tristeza pós-parto, ansiedade pré-natal, gravidez não desejada, stress na vida, tentativa de aborto e transtorno disfórico pré-menstrual e emoções negativas acerca da criança (Moraes, 2006). Conclusões: São necessárias mais pesquisas, já que este estudo mostrou um déficit das mesmas na área da psicologia. Programas de intervenção, como o pré-natal psicológico, que possuem baixo custo e possibilitam um cuidado tanto para a mãe quanto para o bebê nos diversos períodos da gravidez podem ser utilizados de forma multidisciplinar na saúde pública.
Palavras-chave
Depressão Pós-Parto; Psicologia; Prevenção