Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol II (2017)

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A saúde mental dos trabalhadores de Ubá e região – O que pode ser prejudicial?
Jéssica Gomes da Silva, Maria Inês Aparecida, Créscia Aparecida Furtado Lima, Letícia Pereira Pujoni, Rayssa Guimarães Caldoncelli Franco, Livia Cristina da Silva, Bruno Feital Barbosa Motta, Jaqueline Duque Kreutzelfeld Toledo, Jefté Moraes Souza

Última alteração: 2017-09-19

Resumo


Objetivo: A pesquisa em questão tem como o objetivo geral, apresentar as funções de duas instituições que cuidam da saúde do trabalhador (Sindicato dos Marceneiros e CEREST), no município de Ubá e região. Como objetivos específicos, buscamos identificar as maiores queixas recebidas dos trabalhadores na região; investigar os fatores de risco e proteção para saúde do trabalhador e; avaliar as possibilidades de intervenção da Psicologia nesse contexto.  Metodologia: Para realização desse estudo, optou-se por uma pesquisa qualitativa, de finalidade básica, natureza observacional e objetivos exploratórios. Quanto aos procedimentos técnicos, a investigação se valeu de uma busca bibliográfica para levantamento do estado da arte, bem como a aplicação de questionários, após o aceite e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido aos coordenadores das instituições e a uma psicóloga. Discussão: Os resultados apontaram para alguns pontos de semelhança nas falas dos entrevistados. Entre eles, aos fatores de risco para o adoecimento mental no trabalho, assim como os pontos relevantes para um ambiente saudável.  No Sindicato, apesar de possuírem o foco em tendinites e amputações, obtemos a informação de que os problemas psicológicos estão entre as maiores queixas recebidas por eles, alegando que as amputações podem também acarretar em problemas de saúde mental, enquanto o CEREST diz receber número elevado de queixas sobre o esgotamento profissional, o que também pode afetar a saúde psíquica dos trabalhadores. Em entrevista a psicóloga do Centro de Referências em Saúde do Trabalhador (CEREST), ela ressalta a importância de que os profissionais da psicologia entre em consenso com os empregadores para a conscientização dos mesmos sobre a importância da prevenção nas empresas, informando riscos e como alguns fatores, que às vezes passam por despercebidos, podem levar ao adoecimento mental. Resultados: Levando-se em conta os dados produzidos nas entrevistas, verifica-se que, segundo os coordenadores, os fatores de risco mais presentes no ambiente de trabalho para a saúde mental, se dão pela sobrecarga e pressão para maior produção, apontando, para um ambiente saudável, a proteção adequada o fator mais importante. Vale ressaltar a necessidade do profissional da psicologia dentro das instituições para mediar, auxiliar e acompanhar as queixas trazidas pelo trabalhador e pela empresa, como trabalhar a conscientização dos empregadores sobre a prevenção e proteção no trabalho, para assim buscar a prevenção de acidentes e adoecimentos, alertando sobre os riscos e também sobre como alguns fatores, que podem levar ao adoecimento mental. Diante disto, pode-se inferir que são muitas as empresas que ainda não possuem a proteção que o trabalhador necessita para que suas funções sejam realizadas sem qualquer risco à sua saúde. Assim, ressaltando os aspectos como a sobrecarga e pressão em cima do mesmo, o que o prejudicam cada vez mais. São dificuldades como estas, que o psicólogo tem a possibilidade de auxiliar dentro destas empresas, alertando sobre os possíveis prejuízos a saúde mental. Contudo, o tema não está esgotado e se faz necessário outros estudos para investigar a saúde dos trabalhadores dentro das instituições as quais estão empregados.


Palavras-chave


Saúde mental, trabalho, trabalhador.