O indivíduo que termina o curso superior tem maiores perspectivas em relação à sua remuneração e também à qualidade de vida. Ao contrário da realidade recente do país, quando havia muitas vagas, para poucos profissionais, hoje o mercado de trabalho está tendo poucas vagas, e poucos profissionais estão preparados perante as exigências requeridas pelas organizações. Comprovadamente, o profissional com maior qualificação aprende mais rapidamente, realiza as tarefas em um tempo menor e consequentemente, ganha tempo e dinheiro e esse é uns dos motivos que leva a tanta exigência. Para Veiga (2016), as vantagens de se concluir a graduação são muitas: há mais chance de encontrar um emprego que traga realização pessoal, menor probabilidade de demissão, estabilidade, melhores oportunidades nos processos seletivos, entre tantas outras. Essas tendências reforçam a real importância da obtenção de um diploma, que pode ser considerado como um passaporte para a realização do sonho profissional e o início da construção de uma carreira. Em busca dessa qualificação e a realização do sonho de ter uma graduação, nas últimas décadas observou-se um aumento grande da população de universitários no Brasil, porém com características bastante heterogêneas como classe social, gênero, escolaridade dos pais, expectativas e objetivos, trajetória acadêmica anterior, faixa etária, situação de trabalho atual e possibilidades, hábitos de estudo, etc. Dessa forma, a entrada na graduação provocou mudanças expressivas nos estudantes, envolvendo intensamente o nível pessoal, profissional e social desses alunos. Para milhares de estudantes principalmente das classes C e D que conseguiram chegar ao ensino superior, muitas vezes beneficiário de algum programa de bolsas de estudos pública ou privada, é um desafio encontrar o equilíbrio entre a rotina doméstica, o trânsito intenso e o tempo perdido no trajeto, o cansaço do trabalho, que nem sempre coincide com a área de estudo, o estresse, o sono atrasado, o desinteresse por algumas aulas, os trabalhos para casa, o lazer e o tempo livre para estudar. Dessa forma a evasão é, certamente, um dos problemas que mais afligem as instituições de ensino superior, que vem apresentando elevados índices de evasão em seus cursos de graduação. O MEC conceitua evasão como sendo a saída definitiva do curso de origem sem conclusão, ou a diferença entre ingressantes e concluintes, após uma geração completa que é a ideia de que o tempo entre ingresso e conclusão é definido como o prazo máximo de conclusão do curso. Tendo essa definição como referência, o ensino superior brasileiro amarga uma evasão de 25,11%, nos dados de 2012. Mesmo que a oferta esteja em ascensão, é discrepante a relação entre matriculados, ingressantes e concluintes. Preocupada com a evasão dos alunos, a Fagoc desenvolveu o Projeto Retomada, que dá ao aluno que abandonou ou desistiu da faculdade a oportunidade de retomar os estudos. Através desse projeto o aluno pode conseguir até 30% de desconto até a conclusão do curso, inclusive na matrícula, dependendo do tempo em que se encontra afastado. OBJETIVO GERAL: analisar os resultados obtidos no Projeto Retomada nos últimos dois anos, de 2015 à 2017 2. METODOLOGIA: segundo Vergara (2006), classifica-se, quanto aos fins, como descritivo, o qual, expõe características de determinada população e quanto aos meios, a pesquisa é bibliográfica, pois é desenvolvida com base em material publicado e acessível ao público em geral. A pesquisa documental, pois os dados foram coletados no SIGA – Sistema de Gestão Acadêmica da Fagoc (LUDWIG, 2009). RESULTADOS E DISCUSSÃO: O NAE – Núcleo de Apoio ao Estudante, responsável pela operacionalização do projeto entra em contato, todos os semestres, com cada aluno com o status de “desistente”, “trancado” ou “abandono” para lhe oferecer uma proposta de retorno. O contato pode acontecer por ligações, e-mails ou mensagens por WhatsApp. Cada aluno tem sua situação analisada individualmente, como disciplinas que faltam cursar, condições financeiras e tempo disponível. Com esse trabalho, o NAE conseguiu matricular em 2015 1 um total de 48 alunos pelo Projeto Retomada. Em 2015 2, o número de alunos que retomaram os estudos foi de 22 matrículas. Em 2016, o Retomada recuperou 41 alunos no primeiro semestre e 38 no segundo. Já em 2017, o número de alunos matriculados foi de 53 no primeiro semestre e 35 no segundo, totalizando 237 alunos desde o início do projeto. CONCLUSÃO: Conclui-se que, com o trabalho realizado pelo NAE, alunos que não tinham previsão para retomar os estudos têm a oportunidade de dar continuidade a educação superior, por meio de uma proposta financeira. Com isso, a faculdade minimiza os números de evasão e garante um serviço de qualidade.