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A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: OS RESULTADOS DAS PRÁTICAS DA FAGOC
Última alteração: 2017-09-19
Resumo
De acordo com Mário Sérgio Cortella (2014), o pensador grego Sócrates, dentre tantas contribuições que trouxe para a educação, também ficou conhecido por uma frase, que é o perfil do profissional no século XXI, na qual esse pensador afirma: “Só sei que nada sei”. Sócrates era conhecido no século V a.C, como um dos mais sábios atenienses, contudo, esse filósofo afirma que ninguém é dotado de um conhecimento completo, sempre está em constante aprendizado, porém pode vir a saber, através da humildade de querer aprender o que nos é exigido constantemente em nossas profissões atualmente (CORTELLA, 2014). Ainda segundo o autor, a cada dia aprendemos algo novo, pois a educação é um trabalho coletivo, embasado em dois princípios: Quem sabe reparte e quem não sabe procura. Só é um bom ensinante quem for um bom aprendente. O trabalho do professor seria preparar os alunos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho, na política e em todas as instituições sociais. Desse modo, a característica principal do professor é o empenho na instrução e educação dos seus alunos, tendo em vista equipá-los para enfrentar os desafios da vida prática no trabalho e nas lutas pela democratização da sociedade (LIBÂNEO, 1994). Mas vale ressaltar que, segundo Almeida (2012), a formação continuada dos professores não deve ser entendida como a execução de decisões alheias ou políticas, mas em uma perspectiva que reconhece a sua capacidade de decidir, fundamentada na racionalidade técnica à medida que amplia sua consciência sobre a própria prática, a sala de aula e a instituição como um todo, o que pressupõe os conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade. Considera-se que o próprio professor deve buscar a formação necessária para a prática inovadora, iniciar a reforma do seu pensamento partindo do simples, linear para o mais complexo. Porém a transformação não pode acontecer de maneira rígida ou ortodoxa, mas gradual e progressiva. Não é incomum ouvir de professores experientes que os alunos de hoje não são mais os mesmos, o que é verdadeiro, mas essa expressão indica uma distorção pedagógica, quando esse mesmo professor continua dando aula do mesmo jeito de quando iniciou a sua carreira. É importante acompanhar a realidade, porque a educação lida com o futuro (CORTELLA, 2014). Assim, necessidade de preparar o professor para a sua vida prática, se faz diariamente, pois a informação se torna mutante, contínua, em um ciclo de construção e reconstrução do conhecimento nunca visto antes (MOTTA, 2013). OBJETIVO GERAL: analisar a política de capacitação docente da FAGOC no período de 2014 a 2017. METODOLOGIA: segundo Vergara (2006), classifica-se, quanto aos fins, como descritivo, o qual, expõe características de determinada população e quanto aos meios, a pesquisa é bibliográfica, pois é desenvolvida com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. A pesquisa documental e os registros ainda podem ser classificados como primários, pois os dados foram coletados no SIGA – Sistema de Gestão Acadêmica da FAGOC e também informações do setor de Recursos Humanos (LUDWIG, 2009). RESULTADOS E DISCUSSÃO: A IES tem implantada a política de capacitação para o corpo docente, planejada conforme o modelo de procedimentos padrão (PP), adotado pela instituição. Para suprir as carências de aprendizagem a capacitação docente, vem se efetivando através de reuniões pedagógicas, cursos e treinamentos específicos, além de um programa de qualificação desenvolvido juntamente com o setor de RH. A área de treinamento e desenvolvimento detém um centro de custo anual para investir na capacitação. No período 2014-2017, foram realizados 75 treinamentos, com um investimento de R$105.930,82; destinaram-se 6.392 horas em treinamentos (homem/hora), alcançou-se um percentual de 74,23% de frequência; e 84,79%,de satisfação por parte dos treinados. Em 2016, foi implantado o projeto incentivo ao desenvolvimento acadêmico (IDA), onde, mediante edital e critério de classificação, os professores concorrem a bolsas parciais para programas de mestrado e doutorado. Atualmente 2,75% dos professores encontram-se em processo de obtenção de novo título. Essa prática encontra-se em perfeita sintonia com a política de verticalização do plano de cargo e salário, uma vez que a obtenção de novo título é critério para promoção de carreira. CONCLUSÃO: Pode-se perceber portanto que, a política de formação e capacitação de docente da FAGOC está implantada, mas necessita de aprimoramentos constantes visto ser a formação do professor um pilar de qualidade do ensino na instituição e uma vertente reflexiva do seu desempenho.
Palavras-chave
Formação continuada, Capacitação Docente, Treinamento e Desenvolvimento.