Última alteração: 2017-09-18
Resumo
O presente artigo tem como objetivo geral analisar a psicologia institucional como campo de atuação da Psicologia. Quanto ao método trata-se de uma pesquisa Qualitativa de finalidade básica e objetivo exploratório, que utilizou como procedimento técnico para levantamento de dados a pesquisa bibliográfica em livros, artigos. O resultado parte das explicações de José Bleger sobre o tema. Segundo o autor, a psicologia institucional como deve ser entendida com mais uma das áreas da atuação dos psicólogos no Brasil. Bleger enfatizava a importância do reconhecimento da Psicologia para além dos consultórios ou práticas clínicas dentro das instituições (empresas, escolas, hospitais, universidades). “Assim, o trabalho dos psicólogos – historicamente distribuídos entre consultórios, empresas, escolas, hospitais psiquiátricos e universidades – começou a ser percebido, falado e estudado, da perspectiva de um trabalho “institucional”. Bleger ainda enfatizava a importância de técnicas de intervenção em grupos nas organizações de saúde, ensino e trabalho, com o uso de técnicas como os grupos operativos e, mais tarde, as tentativas de autogestão.” GUIRADO, 2004. Atuar em grupos e intervir é o objetivo da psicologia institucional, porém, como fazer isso? Um dos caminhos pode ser a partir de conhecimentos psicológicos já estabelecidos. Um exemplo possível vem através do uso da visão de homem a partir da psicanálise, um saber que respeita todo o constructo do sujeito, seus desejos, fantasias, transferências, projeção, mecanismos de defesas, entre outros. A importância desse saber para o campo institucional se dá na forma que vamos compreender as relações dos grupos, suas dinâmicas, os conflitos, acontecimentos, ansiedade, os questionamentos, hábitos, posturas, as manifestações do inconsciente e as interpretações de fantasias em todo seu contexto diário. Discussão: Quando falamos em instituição é notório a existência de grupos humanos que se comunicam de diversas formas e são através desses grupos, essas relações que o psicólogo institucional atua/trabalha, dando lugar aos sujeitos manifestarem suas necessidades (pelo coletivo), seus discursos, vínculos, manifestação do inconsciente, fantasias/fantasmas, transferência e contratransferência, fazendo uma psicologia clínica (quando fala em psicologia clínica não quer disser sobre os consultórios e sim todos os tipos de intervenções) e sempre focando no social.