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ESTÁGIO SOCIAL: Experiência em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPs)
Última alteração: 2017-09-18
Resumo
Introdução: Esse trabalho corresponde ao estágio realizado em parceria entre o curso de Psicologia da Fagoc e o Lar João de Freitas. As ILPs (Instituições de longa permanência para idosos) são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinadas a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania, que atende tanto idosos independentes em situação de carência de renda e/ou de família quanto aqueles com dificuldades para o desempenho das atividades diárias, que necessitem de cuidados prolongados. A presença do psicológo nesta instituiçao é de suma importância para o desenvolvimento psiquico do idoso. Segundo a literatura, o psicólogo deve criar espaços que permitem aos idosos ampliar o uso dos recursos pessoais disponiveis, melhorando a auto estima, criando vinculos e reduzido a apatia e o isolamento, que em instituições podem ser um modo de ser construido pelos hábitos padronizados e impessoais. O presente trabalho tem como objetivo apresentar as percepções advindas das observações no periodo de estágio e as contribuições que o profissional da psicologia poderá oferecer aos idosos imersos na organização. Metodologia: Foi utilizado o método observacional e descritivo. As observações foram feitas no periodo de 54 horas em um Instituto de Longa Permanência para Idosos ( ILPs). Resultado: Os resultados demonstraram que o idoso inserido em um Asilo, passa por um processo de institucionalização, onde é levado a um mundo à parte, aos poucos é perdido sua individualidade, processo que contribui para o isolamento, angústia, depressão, isso devido a inserção sobre um ambiente que não tem significado. O super cuidado, a burocracia e algumas práticas dentro da organização eram processos que minimizavam um pouco da autonomia dos pacientes. Outro fator relevante é a quebra dos vínculos familiares, Segundo alguns pacientes: “a ausência da família é muito prejudicial, pois além de estarmos inserido em um contexto diferente, ainda sofremos com as lembranças e com a falta do carinho”.. Discussão: Dentro deste cenário é notório que o psicológo é convocado a problematizar e buscar um apoio da família para dentro da organização, pois estar presente na vida do idoso o “previne” de pensamentos de inutilidade a seu respeito. Mesmo sendo institucionalizado o processo de integração do idoso à instituição podem ser amenizado cosideravelmente se forem mantidas as relações com o “mundo exterior”, ou seja, com sua família e amigos. A seu ver, a presença constante das pessoas que compõem seus círculos familiar e social afasta o sentimento e solidão por parte do idoso e contribui para que ele evite o isolamento e, assim, tenha uma adaptação amena à instituição. A família mesmo com o “abandono” ainda segue sendo o centro da vida dos idosos, pois é ela que transmite ao idoso o sentimento de ser aceito, amado, e lhe agrega o incentivo e o ânimo necessário à retomada de perspectivas positivas. Conclusão: Portanto, o campo estudado demanda a todo momento de um psicológo, pois os idosos ali inseridos sofrem constantemente com a ausência dos familiares, com a perda da autonomia para gerenciar seu dinheiro, com o surgimento de doenças. Este fator se não analisado pode desencadear alguns transtorno. Mediante aos processos, o psicológo pode atuar em psicoterapia em grupo, promovendo um cuidado em saúde mental para que o sujeito venha ter qualidade de vida e o bem estar mental, fisico e social.
Palavras-chave
Institucionalização, Idosos, Psicologia