Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol II (2017)

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Rastreio da Ansiedade Social no Curso de Psicologia
Leon Dutra Paiva, Ingrid Guimarães Galão, Joana Cardoso L. Venancio, Ana Carolina Ferreira, Jhonatan De Oliveira Feital, Dyanny Kerolein dos Santos Francisco, Lara de Oliveira Gomes, Aparecida de Fátima de Souza Silva, Messias Lopes Soares da Silva, Jussara Quintão Faria, Auxiliatrice Caneschi Badaró, Francesca Stephan Tavares

Última alteração: 2017-09-16

Resumo


Estima-se que o transtorno de ansiedade social seja alto na população, com a fobia social sendo o transtorno de ansiedade mais prevalente. Dentre a população geral, 5% a 13% apresentam sintomas de fobia social, validado através do Inventário de Ansiedade Social de Liebowitz. Já em universitários, estudos de Shah e Katarina (2010), a fobia social em uma amostra de 405 estudantes de vários cursos, apresentam resultados com prevalência de 19,5%, sem diferenças significativas quanto ao gênero sexual, região demográfica e condições socioeconômicas. Nas investigações de Izgic, Akyüz, Dogan e Kugu (2004), com uma amostra de 1003 estudantes universitários, a prevalência da fobia social foi de 9,6%. Para os ansiosos em questão, as situações sociais são evitadas ou enfrentadas com intenso sofrimento e ansiedade, apresentando sintomas como palpitações, tremores, sudorese, desconforto gastrointestinal, diarreia, tensão muscular e rubor facial. Os fenômenos de ansiedade geram efeitos sobre a saúde e o desempenho acadêmico dos estudantes universitários. Podem apresentar sintomas como o medo persistente de uma ou mais situações onde está exposto a julgamento de terceiros, mostrando a necessidade acerca do apoio social e psicológico para falar em público e com estranhos, e conhecer novas pessoas. O objetivo deste trabalho foi realizar o rastreio do nível de ansiedade social dos alunos do curso de Psicologia da FAGOC, para compararmos a prevalência entre os alunos com as taxas pesquisadas. Para a realização deste trabalho, utilizamos a escala de Liebowitz de Ansiedade Social (LSAS), constituída por vinte e quatro perguntas que avaliam duas questões: o medo/ansiedade e a evitação. Com uma escala likert de 0 a 3, as categorias foram nenhum, leve, moderado e intenso. Foram avaliados os alunos do curso de Psicologia de uma faculdade do interior de Minas. A escala foi realizada nos alunos presentes nas salas no momento da aplicação, feita no final do mês de maio de 2017. Foram avaliados 172 alunos, e realizadas análises frequenciais dos dados. Como resultado, observou-se uma média de idade de 24,04 anos. As idades variaram entre 18 a 64 anos. Desses, 36 foram homens representando 20,93% da amostra e 134 foram mulheres, representando 77,91% da amostra. Identificou-se que 19,77% dos alunos atingiram a pontuação das categorias “Grave” e “Muito Grave”, caracterizando o quadro de ansiedade social, com média de idade de 21,53 anos. 43,02% apresentaram percentis de normalidade, com a média de idade de 26,43 anos. A categoria “Moderado” atingiu 16,86%, com a média de idade de 22,59 anos. Com a categoria “Média”, foram 20,35% com a média de idade de 21,69 anos. “Grave” foram 8,72%, com a média de 23,13 anos e “Muito Grave” atingiu 11,05%, com a idade média de 21,53 anos. Nota-se que a cada 5 pessoas, uma tem a probabilidade de desenvolver o transtorno. Percebeu-se, com base nesta amostra, que a prevalência está de acordo com a levantada na pesquisa de Shah e Katarina (2010) aproximada de 19% dos alunos. A amostra não diferenciou homens e mulheres pois 3/5 dos participantes foram mulheres. Também não percebemos diferença significativa entre as salas, podendo concluir que a questão da ansiedade social vai além de uma simples timidez, que não diminui com o tempo, pois os escores atingidos pelos primeiros períodos foram parecidos com o sexto período. A média de idade da categoria “Normal” foi de 26,43 anos, enquanto a de “Muito Grave” foi de 21,53 anos. Esses dados mostram a necessidade de um trabalho com o grupo de alunos quanto esta questão, procurando diminuir interferências na vida acadêmica e social. Pretendemos também, no futuro, avaliar os índices de outros cursos.


Palavras-chave


psicologia clínica; habilidades sociais; universitários; bibliometria;