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A empatia é considerada uma habilidade social importante por ser uma capacidade de nos identificarmos com outras pessoas, possibilitando a experiência de vivenciar situações que são emocionalmente vividas pelo o outro. É uma capacidade de percepção mais profunda dos sentimentos das outras pessoas do que percebemos quando somos simpáticos. É a capacidade de perceber o que se passa no íntimo das pessoas. A empatia exige mais do que somente reconhecer o estado emocional do outro. Nos traz a capacidade de pensar como a outra pessoa pensaria, de sentir como o outro sentiria, e, principalmente enxergar as situações e sentimentos como exatamente as outras pessoas vivenciam. A inteligência Emocional pode ser definida como a capacidade que um ser humano tem de identificar e lidar com as emoções. A competência emocional, por sua vez, é a capacidade de expressar as emoções para o mundo exterior e saber como construir relacionamento positivos. Uma pessoa pode ter inteligência e não ser competente, ou seja: ela tem conhecimento sobre determinado assunto, mas não sabe como utilizá-lo apropriadamente. Quando se trata das emoções, uma pessoa com Inteligência Emocional pode não saber como se comportar emocionalmente. A formação acadêmica envolve além da formação cognitiva, a possibilidade de criar espaços para o desenvolvimento das habilidades emocionais, competências intelectuais, dentre outras. Presume-se que, as profissões, por suas especificidades necessitem de maior ou menor desenvolvimento dessas habilidades para melhor prática profissional. Objetivo: Diante disso, o objetivo dessa pesquisa foi o de descrever os níveis do Inventário de Empatia em uma amostra de alunos da área de saúde de uma faculdade da cidade de Ubá-MG. Metodologia: A pesquisa foi realizada nos meses de outubro à dezembro de 2016, entre alunos dos cursos da área de saúde de uma faculdade da cidade de Ubá-MG. Foram coletados os dados de idade, sexo e o Inventário de Empatia. O inventário é composto por 40 questões que avaliam quatro dimensões. Os resultados são categorizados em sua pontuação final, em ordem crescente, em escala likert, como: muito baixa (1 a 1,5), baixa (1,6 a 2,5), média baixa (2,6 a 3), média (3,1 a 3,5), boa (3,6 a 4,5), muito boa (4,6 a 5). A aplicação constou de informar o sujeito sobre a pesquisa, ter sua autorização e por fim, explicar que o questionário era autoaplicável. Resultado: Foram avaliados 122 alunos de cursos da área da saúde com média de idade de 22 anos (DP ±3,7 anos), sendo 44 (36%) do sexo masculino e 78 (64%) do sexo feminino. Após aplicação do Inventário, foi possível percebe que, na dimensão Tomada de Perspectiva a amostra foi classificada como média baixa (2,97 - DP ±0,50), na dimensão Flexibilidade interpessoal como média baixa (2,86 - DP ±0,52), em Altruísmo, como média (3,19 - DP ±0,49), na dimensão Sensibilidade Afetiva, classificada como média (3,02 - DP ±0,68), e, por fim, a média geral em sua escala total foi de 3,01, classificado como média (DP ±0,34). Ao estratificar por sexo, verificou-se que: Dimensão Tomada de Perspectiva (masculino [2,87] feminino [3,03] – p-0,0995), na dimensão Flexibilidade interpessoal (masculino [2,84] feminino [2,87] – p-0,8026), em Altruísmo, (masculino [3,17] feminino [3,19] – p-0,7748), na dimensão Sensibilidade Afetiva, (masculino [2,89] feminino [3,09] – p-0,1169), e, por fim, a média geral em sua escala total foi de (masculino [2,94] feminino [3,05] – p-0,1000). Em nenhuma das relações houve significâncias estatística.  Conclusão: A aplicação, correção e análise possibilitou a compreensão do instrumento bem como do estudo maior sobre a Empatia em um contexto universitário de alunos da área de saúde. Não houve diferença estatística entre os sexos quanto às dimensões avaliadas e, os valores indicam a necessidade de maior desenvolvimento de atividades pró-empatia, principalmente devido ao fato de ser uma característica de personalidade fundamental na área.

Empatia; Medicina; Psicologia; Avaliação;