Última alteração: 2017-08-26
Resumo
INTRODUÇÃO: Cistite é uma inflamação de natureza infecciosa ou não que acomete a bexiga. A forma mais comum é a cistite infecciosa aguda de natureza bacteriana, sendo o principal agente etiológico a Escherichia coli, seguida por Proteus, Klebsiella e Enterobacter.
OBJETIVO: o objetivo do presente artigo é fazer uma revisão literária das características relevantes referente à prevenção da cistite bacteriana de repetição em mulheres.
MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal utilizando as palavras ou frases “Infecção urinária de repetição, cistite de repetição, Cystitis, How to prevent cystitis”, como base para as buscas nos sites ScIELO e BVS (Biblioteca Virtual de saúde). Foram encontrados cerca de 386 artigos, dos quais escolheram-se 5, de autores distintos, filtrados com os seguintes critérios de inclusão: Somente os textos ‘’completos’’ e escritos nas linguagens de inglês/ português. Ademais, artigos que abordassem, ao menos, aspectos epidemiológicos da cistite. Houve a exclusão de dados obtidos nas pesquisas que não apresentaram relevância para o estudo.
RESULTADOS: A prevalência de Cistite bacteriana recorrente em pacientes do sexo feminino é relativamente alta, sendo, portanto de grande relevância o seu diagnóstico adequado e a identificação de presença de fatores desencadeantes, assim como a adoção de medidas e hábitos que visem evitar um novo episódio de infecção e até mesmo uso de reposição hormonal, vacinas, medicamentos fitoterápicos e antibióticos, quando indicados.
DISCUSSÃO: Três sintomas são particularmente importantes para o diagnóstico, sendo: a frequência que o paciente sente a necessidade de urinar (casos agudos podem exigir micção a cada 15 a 20 minutos), a presença de dor abdominal baixa, localizada na região da bexiga e a presença de disúria ( dor ao urinar). Como mencionado anteriormente, a adoção de medidas e hábitos que visem reduzir a cistite bacteriana de repetição são imprescindíveis na prevenção desta patologia, sendo os principais: a higienização adequada da genitália, evitar ficar muito tempo sem urinar, manter a ingestão hídrica apropriada, correção de hábitos intestinais visando minimizar alterações da microbiota perineal e praticar exercícios físicos. Um método interessante de profilaxia não antibiótica consiste no uso de estrogênio tópico vaginal em mulheres na pós-menopausa. Em pacientes idosas, as infecções que acometem o trato genitourinário são a segunda forma de infecção mais comum. Estudos realizados demonstraram, através da análise de cultura vaginal, uma redução de 67% no início do tratamento com o estrogênio para 28% no final do tratamento no número de culturas positivas para enterobactérias e o pH da vagina aumentou sua acidez durante o tratamento, proporcionando condições ideiais para o crescimento de bactérias endógenas.
CONCLUSÃO: Devido à alta prevalência, além da relevância em saúde pública, alto impacto econômico e social associado com esta doença, é imprescindível o conhecimento acerca das características relevantes referente à prevenção da cistite bacteriana de repetição. Desse modo, a terapêutica adequada exige do profissional não só o conhecimento da fisiopatologia da doença, mas também dos métodos profiláticos e terapêuticos, bem como o momento ideal para usar cada um desses métodos.