Última alteração: 2016-10-01
Resumo
Conhecida como uma das primeiras profissões do mundo, a prostituição era dotada de outras significâncias que não as atuais. Uma representação que veio a modificar-se com o passar dos milênios, considerando também que as diferentes civilizações, apesar de comparadas no mesmo período histórico, nem sempre trataram o ato sexual da mesma forma. Na Grécia Antiga por exemplo, a prostituição possuía várias categorias e os impostos gerados eram controlados pelo Estado. (CECCARELLI, 2008)
Analisar a questão social presente ao tema, exige um (re)pensar principalmente quando nos damos conta que as primeiras divindades em exercício do amor e da fertilidade eram na figura feminina: as deusas, de inúmeras apresentações e nomes, enquanto os deuses, na figura do masculino, vieram posteriormente com as invasões indo-europeias. (PEREIRA, s.d.)
Lascívia, os pensamentos ou atos imorais sempre foram reprovados pelo cristianismo. Maria Madalena, citada na Bíblia, foi canonizada como um exemplo positivo por ter "arrependido" do pecado da prostituição. (PEREIRA, s.d.)
Historicamente, a origem da palavra prostituição não diz de sexo ou pagamento como associamos hoje. Tratava-se muito mais com a propaganda do que era oferecido em seu termo originário do latim (GOMES, 2013). Foi com o aparecimento da sociedade patriarcal, que os homens até então desinteressados pela prole, começaram a se preocupar com o seu papel na procriação, tornando a submissão forjada das mulheres, o reflexo do medo à independência as quais eram portadoras. O mal ver de suas ações começa a desgrenhar nesse momento da história. (PEREIRA, s.d)
Desde 2002 a prostituição é reconhecida nacionalmente pelo Código Brasileiro de Profissões, mas segue entretanto, descrita no Código Penal, criminalizando o uso de espaços privados como locais de troca de sexo por dinheiro. (MORENA, 2015)
Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde do Brasil, 40% das prostitutas está na profissão há mais ou menos quatro anos, sugerindo uma ligação entre prostituição e juventude. O Centro de Educação Sexual, ONG que trabalha com garotas e garotos de programa do Rio de Janeiro e Niterói, estima que a maioria dessas pessoas se prostitui para sobreviver e guarda a esperança de encontrar um grande amor e mudar de vida. (CECCARELLI, 2008, p. 2)
Dentre essas e inúmeras questões outras, tais quais perpassam o tema, o presente artigo, busca revisar bibliograficamente sobre a ótica do capítulo Penas de Morte em entrevista de Jacques Derrida a Elisabeth Roudinesco (2004), de modo que seja possível verificar a relação entre drogas e prostituição, analisar como a questão das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são tratadas por seus respectivos autores, pesquisando ainda a possibilidade de consonância entre escolaridade, socioeconomia e prostituição.
Atendendo assim, à demanda das disciplinas de Integralidade, Psicologia e Sociedade III e Métodos e Técnicas de Pesquisa e Trabalhos Científico na Psicologia, ministradas na Faculdade Governador Ozanam Coelho, campus Ubá pelo terceiro período de graduação de Psicologia, tendo em vista que essa é uma questão que afeta de forma direta a sociedade brasileira sendo pauta constante em debates acadêmicos e midiáticos.
Palavras chaves: Prostituição; Penas de morte; Jacques Derrida,