Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

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PROSTITUIÇÃO FEMININA: UM OLHAR SOBRE AS PENAS DE MORTE
Gabriela Silva Donadoni, Emilia Maria Mendes, Larissa Irene Silveira de Oliveira, Carlos Heitor Costa Bragato, Laura Vieira de Castro, Jaqueline Duque Kreutzfeld Toledo, Bruno Feital Barbosa Motta

Última alteração: 2016-10-01

Resumo


Conhecida como uma das primeiras profissões do mundo, a prostituição era dotada de outras significâncias que não as atuais.  Uma representação que veio a modificar-se com o passar dos milênios, considerando também que as diferentes civilizações, apesar de comparadas no mesmo período histórico, nem sempre trataram o ato sexual da mesma forma. Na Grécia Antiga por exemplo, a prostituição possuía várias categorias e os impostos gerados eram controlados pelo Estado. (CECCARELLI, 2008)

Analisar a questão social presente ao tema, exige um (re)pensar principalmente quando nos damos conta que as primeiras divindades em exercício do amor e da fertilidade eram na figura feminina: as deusas, de inúmeras apresentações e nomes, enquanto os deuses, na figura do masculino, vieram posteriormente com as invasões indo-europeias. (PEREIRA, s.d.)

Lascívia, os pensamentos ou atos imorais sempre foram reprovados pelo cristianismo.  Maria Madalena, citada na Bíblia, foi canonizada como um exemplo positivo por ter "arrependido" do pecado da prostituição. (PEREIRA, s.d.)

Historicamente, a origem da palavra prostituição não diz de sexo ou pagamento como associamos hoje. Tratava-se muito mais com a propaganda do que era oferecido em seu termo originário do latim (GOMES, 2013). Foi com o aparecimento da sociedade patriarcal, que os homens até então desinteressados pela prole, começaram a se preocupar com o seu papel na procriação, tornando a submissão forjada das mulheres, o reflexo do medo à independência as quais eram portadoras. O mal ver de suas ações começa a desgrenhar nesse momento da história. (PEREIRA, s.d)

Desde 2002 a prostituição é reconhecida nacionalmente pelo Código Brasileiro de Profissões, mas segue entretanto, descrita no Código Penal, criminalizando o uso de espaços privados como locais de troca de sexo por dinheiro. (MORENA, 2015)

Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde do Brasil, 40% das prostitutas está na profissão há mais ou menos quatro anos, sugerindo uma ligação entre prostituição e juventude. O Centro de Educação Sexual, ONG que trabalha com garotas e garotos de programa do Rio de Janeiro e Niterói, estima que a maioria dessas pessoas se prostitui para sobreviver e guarda a esperança de encontrar um grande amor e mudar de vida. (CECCARELLI, 2008, p. 2)

Dentre essas e inúmeras questões outras, tais quais perpassam o tema, o presente artigo, busca revisar bibliograficamente sobre a ótica do capítulo Penas de Morte em entrevista de Jacques Derrida a Elisabeth Roudinesco (2004), de modo que seja possível verificar a relação entre drogas e prostituição, analisar como a questão das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são tratadas por seus respectivos autores, pesquisando ainda a possibilidade de consonância entre escolaridade, socioeconomia e prostituição.

Atendendo assim, à demanda das disciplinas de Integralidade, Psicologia e Sociedade III e Métodos e Técnicas de Pesquisa e Trabalhos Científico na Psicologia, ministradas na Faculdade Governador Ozanam Coelho, campus Ubá pelo terceiro período de graduação de Psicologia, tendo em vista que essa é uma questão que afeta de forma direta a sociedade brasileira sendo pauta constante em debates acadêmicos e midiáticos.

 

Palavras chaves: Prostituição; Penas de morte; Jacques Derrida,