Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

Tamanho da fonte: 
AS FASES DO LUTO FRENTE À CASTRAÇÃO
ALESSANDRO PIERASSOL, Márcia Aparecida Magalhães Trindade Moreira, Kátia Aparecida de Souza Silva, Luciana dos Santos Montini Oliveira, Patrícia de Oliveira Cardoso, Jhonathan de Oliveira Feital, Jaqueline Duque Kreutzfeld Toledo, Bruno Feital Barbosa Motta

Última alteração: 2016-10-01

Resumo


O objetivo do presente estudo consiste em investigar, a partir da visão de diferentes moradores da cidade de Ubá, Minas Gerais, como o luto é vivenciado através de suas fases, em perdas distintas, a saber, a morte de um ente querido, a traição ou divórcio, e pessoas amputadas. Realizar uma comparação da percepção de vida do sujeito de diferentes idades, sexo, escolaridade, antes e depois de sua perda; investigar como os entrevistados reagiram diante da notícia da perda; analisar como se sentem hoje em relação ao objeto perdido e; avaliar se os entrevistados consideram ter ou não superado a perda vivida, identificando rastro em cada um deles. Quanto à metodologia utilizada nesse trabalho será a pesquisa básica, de natureza observacional, de forma qualitativa, com objetivo exploratório e procedimentos técnicos para pesquisa de campo, incluindo revisão bibliográfica e entrevistas. Com base nos resultados pode-se concluir com o relato de cada entrevistado, que todo ser humano passa por perdas no decorrer de sua vida. Perdas estas que trarão dores, sofrimentos e amadurecimento, independente de raça, sexo, escolaridade, posição social ou econômica. Sendo a perda inevitável, observa-se na fala dos sujeitos as tentativas de reconstrução (embora sutil) de suas identidades, através de suas experiências subjetivas que por muitas vezes passa imperceptível. Observando a fala dos entrevistados, percebemos que os mesmos respondiam intensamente, com sentimento, a ponto de falar e expressar o que não se perguntou. Nesse espaço captamos sentimentos inerentes a todos, porém único e singular de cada um deles, que escapa o tempo e o espaço. Falas que ao mesmo tempo em que os assemelha um com o outro, torna-os diferentes no tocante a uma marca que fica com cada um. A essa marca Derrida denominou “rastro”. O rastro é o sinal deixado na caminhada da vida e que cada um tem o seu, a sua pegada, leve ou forte, grande ou pequena, mas é o seu rastro, a sua marca, aquilo que não posso falar. Algo que ninguém faz ou sente por você, ou igual a você. É o sujeito que vive, é o sujeito da experiência, e o que fica dentro do sujeito marcando de forma às vezes inexpressiva com palavras.

 

 

Palavras-chave: luto; castração; fases do luto; rastro; perdas.