Última alteração: 2016-10-03
Resumo
Esse estudo apresenta com objetivo geral analisar os fatores que levam algumas pessoas a procurarem atividades de esportes radicais. Como objetivos específicos investigar o que leva os indivíduos à prática desse esporte; analisar o que os entrevistados buscam ao realizar esse tipo de esporte; verificar como lidam com os riscos que o esporte proporciona e apurar o que sentem durante e após a realização desta prática. Já sobre o método, trata-se de um estudo transversal de finalidade fundamental e objetivos exploratório, realizada como atividade interdisciplinar das disciplinas de Integralidade III e Métodos e Técnicas De Pesquisa e Trabalhos Científicos na Psicologia no curso de graduação em Psicologia da FAGOC-Ubá, Minas gerais. Para a produção dos dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas com praticantes de esportes radicais. Resultado e discussão: Entre os seis participantes, três praticam o mountain bike e os outros três motocross. Todos os entrevistados são do sexo masculino e com idades compreendidas entre 27 e 40 anos. A metade possui escolaridade de nível superior completo, um possui primeiro grau completo e os outros dois possuem segundo grau completo. Todos possuem remuneração acima de dois salários mínimos e praticam o esporte em grupo. O tempo de prática dos entrevistados nos esportes citados varia de três a doze anos, sendo que todos se enquadram na categoria amador e todos afirmam utilizar os equipamentos de segurança exigidos na prática esportiva. Sobre o que os motivou a pratica de tais esportes, foram obtidas as seguintes respostas: melhorar do condicionamento físico, lazer, influência de amigos, busca por aventura e adrenalina, ou pelo fato de melhor ter sido (o mountain bike ou o motocross) o esporte que melhor se adaptaram. A respeito do risco em tais práticas esportivas, todos os entrevistados informaram estar cientes do mesmo, mas que sentem prazer ao praticarem tais esportes. O medo está presente em pelo menos 50% dos praticantes durante a prática esportiva, e a adrenalina está presente em quase 70% dos entrevistados, mas as recompensas são o prazer, a tranquilidade, a descarga de várias sensações prazerosas, a realização e o desejo de retornar a tais atividades posteriormente. Segundo Le Breton (2009), pontua que há uma intensificação da sensação da presença no mundo, fazendo do confronto consigo mesmo uma prova de autenticidade. O sujeito passa a conviver com uma relação que vai do risco a segurança oportunizado todas as dimensões de sua relação potencial com o mundo. A existência na prática do esporte radical oscila entre a dualidade de vulnerabilidade e segurança, de risco e prudência. A partir daí, o jogo de força entra as pulsões pode a ser vivido como um conflito prazeroso para o sujeito.
Palavras Chaves: esporte radicais, pulsões e Psicologia.