Última alteração: 2016-10-01
Resumo
A ansiedade, independentemente de ser algo corriqueiro, experimentado por todos os indivíduos em algum momento da vida, não possui uma definição exata, porém pode facilmente ser notada e identificada. No entanto, somente cerca de 30% das pessoas diagnosticadas procuram tratamento, sendo a prática regular de exercícios físicos um tratamento eficaz no transtorno de ansiedade. O artigo em questão trata-se de um estudo transversal, cujo principal objetivo foi avaliar a possível associação entre níveis de ansiedade e o nível de atividade física entre jovens adultos da cidade de Rio Pomba/MG. O estudo foi realizado entre os meses de julho e agosto de 2016, com uma amostra de 36 indivíduos, com média de idade de 23,83 anos (DP 3,95), de ambos os sexos, tendo como critérios de inclusão, não possuir transtorno mental comum diagnosticado e fazer uso constante de medicação psicotrópica. Para avaliação da variável ansiedade, foi utilizado o questionário IDATE Traço e Estado. Para avaliação da variável Nível de atividade física, foi utilizado o questionário IPAQ-Curto. Na análise descritiva, 28% da amostra foi considerada insuficientemente ativa, 39% ativa e 33% muito ativa. Quanto a Ansiedade Estado, 17% apresentou indicativo para depressão, 17% indicativo para normalidade e 67% indicativo para ansiedade elevada. Na Ansiedade Traço, 3% apresentou indicativo para depressão, 33% para normalidade e 64% para ansiedade elevada. Ao relacionar a Nível de Atividade Física e Ansiedade (Traço e Estado), buscando identificar sua influência, percebeu-se que, não houve associação estatisticamente significativa (p>0,05) tanto para Traço quanto para Estado, também quando controlado para a variável sexo. Contudo, é importante ressaltar que os maiores valores de níveis de ansiedade forma encontrados em todos os grupos de Atividade Física: Ansiedade Estado (insuficientemente ativo: 14%; ativo: 25% e muito ativo: 28%) e Ansiedade Traço (insuficientemente ativo: 19%; ativo: 17% e muito ativo: 28%). Estes dados demonstram que os níveis de ansiedade traço ou estado não estão associados ao nível de atividade física pois apresentam-se elevados em todos os grupos. Apesar de autores citarem que existe uma associação inversa entre essas atividades, não foi possível observar este fenômeno na amostra pesquisada. Concluiu-se que, os níveis de ansiedade são elevados em jovens adultos e que os mesmos não são controlados ou associados com os níveis de atividade física.
Palavras-chave: Ansiedade. Exercício físico. Benefícios.