Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

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Prostituição Feminina: Um Olhar Sobre As Penas De Morte.
Bruno Feital Barbosa Motta, Jaqueline Duque Kreutzfeld Toledo, Emilia Maria Mendes, Gabriela Silva Donadoni, Larissa Irene Silveira de Oliveira, Carlos Heitor Costa Bragato, Laura Vieira de Castro

Última alteração: 2016-10-03

Resumo


O presente artigo tem como objetivo geral realizar uma revisão bibliográfica sobre a prostituição feminina. Como objetivos específicos buscamos estudar possíveis interação entre o álcool e outras drogas e a prostituição; analisar como as questões socioeconômicas perpassam a prostituição no gênero feminino; pesquisar como a prostituição afeta a escolarização nesses indivíduos; e averiguar como as questões do DST atravessam sua prática. No tocante do método, trata-se de uma pesquisa qualitativa de finalidade básica, com objetivo exploratório realizada como atividade interdisciplinar das disciplinas de Integralidade III e Métodos e Técnicas De Pesquisa e Trabalhos Científicos na Psicologia no curso de graduação em Psicologia da FAGOC-Ubá, Minas gerais. O estudo utilizou como procedimento técnico para levantamento de dados a pesquisa bibliográfica em livros, artigos e conteúdos da online publicados em português que se referem a prostituição no Brasil. A partir dos resultados encontrados na pesquisa realizada, podemos afirmar que a prostituição é apontada como algo negativo e prejudicial à vida do indivíduo, com ênfase na vida da mulher, pois vai de encontro com ideologias, valores morais e patriarcais de gênero, questões sexuais, sociais e educacionais que foram construídas gradativamente de acordo com a humanidade. Esses estigmas exercem uma influência bastante significativa na vida dos sujeitos ligados direta e indiretamente a essa profissão, que hoje é normalizada pelo Código Brasileiro de Profissões. Neste contexto social, vemos a vulnerabilidade em que essas mulheres estão colocadas. Como qualquer outro trabalhador, as prostitutas que permanecem durante anos na profissão, vendem a força de seu trabalho. E como nas outras profissões estão sempre exercendo o ato sem a prevenção necessária, por vezes é a falta de informação, que são negadas a essas mulheres de forma punitiva por exercerem tal atividade, dando em um âmbito político ou privado. Muitas vezes o uso da droga faz-se como moeda de troca pelo sexo e muitas mulheres, utilizam o dinheiro da prostituição para suprir os vícios. Violência e questões familiares por exemplo, agravam esse ciclo, uma vez que tais drogas amenizam o sofrimento de forma imediata. Em outros casos, muitas profissionais do sexo optam pela lucidez, sendo uma tentativa de reduzir o risco de abusos. Principalmente com as mudanças trazidas após a Revolução Industrial, as desigualdades sociais foram reforçadas ainda mais pelas marcas destoantes do sistema. Os profissionais do sexo, em especial a mulher, fazem parte de um grupo de minorias que sofrem disparidades sociais fortalecidas pela engrenagem capitalista, visto que a prostituição se torna uma tentativa de obter uma renda capaz de sustentar desejos, sonhos e a inúmeras vezes família da própria jovem. Porém não se deve abrir mão de fatores sociais, o envolvimento subjetivo do indivíduo, valores éticos e morais que permeiam o cotidiano. Algumas optam por tal profissão, no argumento de não terem escolarização e profissionalização suficientes para ocuparem cargos que exigissem algum tipo de especialização, sendo mais fácil a prostituição por não exigir nada além do corpo como ferramenta e matéria prima. São excluídas do contexto social como um todo e ainda ditas como incapazes de atingirem outro patamar, de exercerem outra profissão. Envoltos no comportamento de risco, os profissionais do sexo, se tornam os mais vulneráveis pois fazem dele, por inúmeras vezes, o seu único meio financeiro. A partir de 2002, ano da inclusão da prostituição na lista de trabalhos informais, dados estatísticos comprovam queda gradativa no número de casos registrados de AIDS. Apesar das tentativas governamentais de conscientizar a população acerca das doenças sexualmente transmissíveis, em especial essa parcela da população, deixou em alguns momentos o mal-entendido de que os profissionais do sexo é que são os mais acarretados com a contaminação, afastando assim esses sujeitos do atendimento público por medo de retaliação e vergonha, restringindo eles próprios do atendimento que lhe são garantidos por lei.

Palavras Chaves: prostituição, revisão bibliográfica, Psicologia