Esse estudo teve como objetivo entender, a partir das crenças cognitivas, os transtornos de ansiedade social e depressão, bem como a comorbidade entre eles. Buscou também relacionar os grupos de ansiosos sociais e de deprimidos, e entender quais crenças eles compartilham, bem como suas intensidades. A amostra se constituiu de adultos, atendidos por duas clínicas escolas de Juiz de Fora, com sintomas de depressão ou ansiedade social; foi montado ainda um grupo não clínico. Aplicou-se três instrumentos de rastreio: Escala de Liebowtiz, Questionário de Depressão Baptista (EBADEP-A) e Inventário da Tríade Cognitiva (ITC), todos com índices de validade para o Brasil. Foram divididos em quatro grupos de participantes: com escores positivos para depressão, com escores positivos para ansiedade social; com escores indicativos de comorbidade entre os transtornos e um grupo não-clínico. Como resultado, o grupo de comorbidade entre ansiedade social e depressão mostrou maior comprometimento que os outros em relação às crenças, se diferenciando do grupo de depressão apenas na crença de “futuro negativo”. Os participantes que apresentaram apenas alto escore em ansiedade social não se mostraram significativamente diferentes dos participantes que não obtiveram pontuações importantes em depressão e ansiedade social.

Palavras-chave: Ansiedade Social, Depressão, crenças cognitivas, comorbidades.