Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol I (2016)

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Associação entre o competência emocional e variáveis sócio-demográficas em uma amostra da cidade de Ubá
Alexandre Augusto Correa, Alessandro Ferreira Pierassol, Kátia Aparecida de Souza Silva, Patrícia de Oliveira Cardoso, Gustavo Leite Camargos, Cristina Toledo

Última alteração: 2016-10-02

Resumo


A Competência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. Algumas áreas de habilidades em competência emocional, dizem sobre a capacidade de reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre; habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação; reconhecimento de emoções em outras pessoas e habilidade em relacionamentos interpessoais. É possível observar que, essa habilidade se manifesta em contextos das relações interpessoal e intrapessoal. Interpessoal é a habilidade de entender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. Intrapessoal, é a mesma habilidade, só que voltada para si mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efetiva e construtiva. Alguns autores comentam que, o meio familiar e as relações afetivas conjugais são espaços para o reconhecimento e o desenvolvimento dessas habilidades, devido ao fato das intensas experiências vivenciadas nestes contextos. O objetivo dessa pesquisa foi de descrever o nível de competência emocional em um grupo de indivíduos frequentadores de determinada agremiação religiosa, buscando saber se há diferenças estatisticamente significativas entre os níveis de competência emocional quando separados por sexo, grupo de idade e estado civil. A pesquisa ocorreu na cidade de Ubá e foi utilizado o Inventário de Competência Emocional, um instrumento com 76 questões. A amostra foi composta por 43 indivíduos, com média de idade de 36,81 e DP de 13,38, sendo 67% do sexo feminino e 33% do sexo masculino, 47% casados, 33% solteiros, 9% viúvos e 12% com em outras situações. Em relação aos resultados do Inventário de Competência Emocional, dividido em cinco dimensões, e categorizadas, de menor para maior nível, em muito pouco, pouco, razoavelmente, bom e muito foi possível perceber que, na dimensão ‘percepção das emoções’, 2% apresentou pouca percepção, 30% razoável percepção, 63% boa e 5% muito boa percepção; na dimensão ‘regulação de emoções de baixa potência’, 12% com pouca regulação, 51% com razoável regulação, 33% boa e 5% muito boa regulação; na dimensão ‘expressividade emocional’, 21% pouca expressividade, 51% razoável, 26% boa e 2% muito boa; na dimensão ‘regulação de emoções em outras pessoas’, 2% muito pouca regulação, 14% pouca, 30% razoável, 49% boa e 5% muito boa; na dimensão ‘regulação de emoções de alta potência’, 14% pouca regulação, 53% razoável, 28% boa e 5% muito boa. Ao realizar o teste qui-quadrado para analisar a relações entre as variáveis sexo e estado civil na relação com as variáveis das dimensões de competência emocional, somente sexo e regulação de emoções de alta potência foi estatisticamente significativa (p=0,0257). Muito tem se estudado sobre a influência da religiosidade na competência emocional, empatia e outras competências, habilidades e comportamentos humanos, tais como adoecimento e luto. Em futuras pesquisas cabe a possibilidade de comparar grupos de agremiações religiosas e não religiosas e avaliar a possível diferença entre eles.

Palavras-chave: competência emocional; psicologia; sócio-demográficas; avaliação;