Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL V (2020)

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Psicologia Social e Atuação do Psicólogo no CRAS
Aparecida de Fátima de Sousa Silva, Francesca Stephan Tavares

Última alteração: 2020-12-09

Resumo


Relatório de estágio supervisionado básico da acadêmica de psicologia Aparecida de Fátima de Sousa Silva, discente do oitavo período, sob supervisão da professora Francesca Stephan Tavares. Este relatório abrange o período de 01 de setembro de 2020 até 30 de novembro de 2020, com carga horária de 60 horas e ocorreu de forma presencial no CRAS São João.

Objetivo do estágio: Oferecer ao discente a experiência de atuação na Proteção Social Básica do município de Ubá. Público alvo: Usuários e profissionais do CRAS.

Práticas, procedimentos e intervenções: A atuação no CRAS proporciona a compreensão acerca das demandas, por exemplo, que a acolhida consiste no processo inicial de escuta qualificada sem julgamentos ou preconceitos, permitindo que as famílias falem de suas intimidades com segurança. Neste momento é verificado as necessidades e as demandas, examinando a história familiar e comunitária, como forma de ampliar o caráter protetivo, preventivo, proativo do trabalho realizado e também do desenvolvimento da autonomia.

O acolhimento domiciliar é realizado em situações específicas, como por exemplo, quando o responsável familiar apresenta impossibilidade de locomoção em decorrência de alguma doença, situações solicitadas por outros órgãos, por exemplo, o conselho tutelar, assim como as pessoas que não procuram o serviço ou comparecem ao CRAS quando solicitados, sendo esses os que vivenciam situações de vulnerabilidade e risco social. Através das visitas domiciliares é possível visualizar a complexidade das áreas abrangidas pelo CRAS.

Após o procedimento da acolhida, deve-se prestar as informações requeridas, realizando os encaminhamentos para benefícios e serviços socioassistenciais ou para as demais políticas setoriais quando necessário e também elaborar o planejamento de atendimento e acompanhamento familiar, que é o conjunto de intervenções desenvolvidas em serviços continuados constando os objetivos estabelecidos para serem alcançados.

As oficinas são encontros que visam fortalecer os vínculos familiares, laços comunitários e a participação social com o intuito de prevenção de risco e vulnerabilidades, trabalhando, assim, as potencialidades da família.

As atividades oferecidas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos integram os atendimentos realizado pelo SUAS e tem como foco promover o fortalecimento das relações familiares, comunitárias e a troca de experiências entre os participantes, possuindo, assim, um caráter preventivo pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento das potencialidades dos usuários. O SCFV é oferecido nos CRAS e Centros de Convivência ou fora do equipamento e de acordo com a demanda, a laboração é em grupo, com foco artístico, cultural, de lazer e esportiva, dentre outras de acordo com a idade dos usuários. As atividades propostas tem como função estimular e orientar os usuários na construção e reconstrução de suas vivências num sentido amplo.

As ações comunitárias são de caráter coletivo, voltada para a dinamização das relações no território, com o intuito de mobilizar com informações, apresentar para a comunidade os projetos e serviços oferecidos, além de, em alguns casos proporcionar um lazer diferente.

Competências: A partir da observação da atuação profissional da equipe técnica do CRAS (Psicóloga e Assistente Social), acerca das complexidades e desafios existentes nesta instituição, relacionado as potencialidades e vulnerabilidades psicossociais do território abrangido, adquirisse a compreensão da conduta pratica e ética que se deve ter diante do serviço social, entendendo a importância dos projetos, serviço de assistência social e benefícios oferecidos aos usuários, uma vez que o Centro de Referência de Assistência Social tem como foco a superação das fragilidades sociais, levando informações, esclarecimentos, trocas de experiências, de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Com base de atuação na acolhida, garantia de direitos, prevenção, promoção da vida, da cidadania e saúde, levamos em conta o contexto subjetivo em que o usuário vive.

 

REFERÊNCIAS

BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologia e o compromisso social. Cortez Editora, 1° ed. - São Paulo, 2003.

BRASIL, Ministério do desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretária Nacional de Assistência Social. Sistema Único de Assistência Social. Orientações Técnicas Sobre o PAIF: Trabalho Social com Famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF. 1º ed. – Brasília, 2012.

BRASIL, Ministério do desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretária Nacional de Assistência Social. Sistema Único de Assistência Social. Orientações Técnicas Sobre o PAIF: O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, segundo a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. 1º ed. – Brasília, 2012.

CFP, Conselho Federal de Psicologia. Referência técnica para atuação do(a) psicólogo(a) no CRAS/SUAS. Brasília, CFP, 2007.

CREPOP – Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas. Referências Técnicas para atuação do psicólogo no CRAS/SUAS. 2ª ed. - Brasília, 2008.

CRP, Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais. A Psicologia e o Trabalho no CRAS. Minas Gerais, CRP, 2011.