Última alteração: 2020-12-07
Resumo
Relatório de estágio supervisionado concentrado da acadêmica de psicologia Dyanny Kerolein dos Santos Francisco, discente do 10º período sob supervisão da Professora Gabriela Silveira Meireles.Este relatório abrange o período de 10/08/2020 a 30/11/2020, com carga horária total de 96 horas e ocorreu de no formato remoto.
Objetivo do Estágio: Entender as principais dificuldades encontradas pelos(as) alunos(as) do terceiro ano do Ensino Médio em relação à ansiedade pré-vestibular em meio a pandemia do coronavírus e criar um material de apoio para o enfrentamento dessa ansiedade.
Público alvo: Alunos de 3º ano do ensino médio prestes a realizar vestibular.
Práticas, procedimentos e Intervenções: O presente estágio foi realizado junto ao Colégio Educar de maneira totalmente remota. A área escolhida para a realização deste estágio foi a da Psicologia Escolar, que se refere à área da Psicologia que atua nas relações estabelecidas no contexto escolar, facilitando o desenvolvimento humano. De acordo com Martins (2003), “a psicologia escolar é a área da psicologia na qual o profissional assume o papel de agente de mudanças dentro da instituição escolar”.
De acordo com Rodrigues et al. (2008), o psicólogo escolar tem que trabalhar com a prevenção e promoção da saúde, tendo seu foco principal na saúde e não a doença. Assim, a prevenção inclui ações voltadas a grupos específicos que apresentam dificuldades e antecipam o surgimento de problemas psicológicos. Então, levando isso em conta, elaborei, enquanto estagiária, um questionário constituído por 22 perguntas sobre a ansiedade no momento de pandemia do coronavírus, buscando entender as principais dificuldades encontradas pelos(as) alunos(as) em relação à ansiedade pré-vestibular. Em seguida, foi criado um E-book informativo sobre o que é a ansiedade de forma geral, a ansiedade pré-vestibular e revelando algumas técnicas de estudo que ajudassem os(as) jovens a enfrentar a ansiedade na hora de estudar. O estágio foi realizado remotamente junto ao Colégio Educar, situado na cidade de Ervália, com alunos(as) de terceiro ano, prestes a fazer realizar o vestibular. Para poder identificar se existia a ansiedade pré-vestibular nesses(as) alunos(as), foi criado um questionário sobre “A ansiedade pré-vestibular em tempos de pandemia”, onde os(as) alunos(as) puderam relatar suas principais dificuldades neste momento em relação ao vestibular. A partir desse levantamento, foram analisadas as possibilidades de intervenção junto aos(às) alunos(as), de modo a contribuir para a minimização dessa ansiedade relacionada ao vestibular. Para isso, foi criado o E-book intitulado “Ansiedade pré-vestibular em adolescentes na pandemia: como enfrentar?”. Nele foram tratados os seguintes tópicos: 1) O que é a ansiedade; 2) A ansiedade pré-vestibular; 3) Cronograma de Atividades; 4) Referências Bibliográficas.
O questionário utilizado neste estágio está disponível no link: https://docs.google.com/forms/d/1v22C_VmF-nTfK8eCzGgSUbdlBm7lb-X9LqgcqoDaty4/edit . E o E-book será disponibilizado por meio das mídias na internet no link:file:///C:/Users/dyann/Downloads/Azul%20Escrit%C3%B3rio%20Ilustrado%20Trabalhadores%20Neg%C3%B3cios%20Capa%20de%20Livro%20para%20Wattpad%20(1).pdf. O estágio foi realizado duas vezes por semana, desde o início do mês de agosto, totalizando 5 horas por semana, distribuídas entre pesquisas, leituras de artigos acadêmicos e produção do material.
Competências e habilidades: O fato de o(a) adolescente fazer o vestibular, passar pelo processo seletivo, geralmente gera conflitos, dúvidas, medos e ansiedade. Alves (1995) chama de “efeito guilhotina” o terror psicológico que contagia e vai se alastrando à medida em que o exame se aproxima. No ano que antecede a sua realização, o(a) vestibulando(a) pode sofrer vários distúrbios psicofisiológicos ou até mesmo a depressão (SOARES, 2002).
Como profissionais de Psicologia Escolar, devemos estar atentos às implicações que a ansiedade produz nesses(as) jovens dentro e fora do ambiente escolar. A Psicologia Escolar deve captar todas as questões e fatos educacionais, isto é, ser uma Psicologia da Escola, atuar nela, estudá-la, além de considerar o cotidiano da vida dos sujeitos que dela fazem parte (LESSA; FACCI, 2011; PATTO, 1997).
Referências bibliográficas usadas como suporte:
ALVES, R.. O fim dos vestibulares. Folha de São Paulo, 1995. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/2/06/opiniao/9.html. Acesso em: 13 nov. 2020.
LESSA, P. V.; FACCI, M. G. A atuação do psicólogo no ensino público do Estado do Paraná. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, v. 15, n. 1, p. 131-141, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/pee/v15n1/14.pdf. Acesso em: 13 nov. 2020.
MARTINS, J. B. A atuação do psicólogo escolar: multirreferencialidade, implicação e escuta clínica. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003.
Patto, M. H. S. Introdução à psicologia escolar. (3a ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo. 1997
RODRIGUES, M. C. et al. Prevenção e promoção de saúde na escola: concepções e práticas de psicólogos escolares. Revista Interinstitucional de Psicologia, v. 1, n. 1, p. 67-78, 2008. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/gerais/v1n1/v1n1a08.pdf. Acesso em: 13 nov. 2020.
SOARES, D. H. P.. Como trabalhar a ansiedade e o estresse frente ao vestibular. In:LEVENFUS, R. S.; SOARES, D. H. P. (Orgs.). Orientação Vocacional Ocupacional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentos para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002