Última alteração: 2020-12-01
Resumo
O aumento da obesidade na adolescência, pode estar associado a fatores demográficos, socioeconômicos, genéticos, psicológicos, comportamentais, ambientais e individuais, dentre os quais se destacam a ingestão energética excessiva e a redução do nível de atividade física (NAF) como fatores comportamentais modificáveis. Objetivou-se investigar o NAF e a prevalência de obesidade entre os adolescentes de uma escola pública de ensino de Ubá - MG. Foram avaliados o Índice de Massa Corporal (IMC) e, o NAF através do Physical Activity Questionaire (PAQ-C). Realizou-se a estatística descritiva, o teste t-student e a correlação de Pearson no software SPSS versão 13.0. Assumiu-se um nível de significância de p<0,05. Avaliou-se 78 escolares, 47 mulheres (13,04±1,27 anos) e 31 homens (13,16±1,21 anos). Em relação as mulheres, 24% foram classificadas com excesso de peso e 6,5% como obesas. Os homens apresentaram valores relativamente menores, 6,0% classificados com excesso de peso e 6,5% como obesos. A maioria dos escolares (76% homens, e 82% mulheres) são sedentários, sendo significativamente maior (p=0,01) o percentual de homens. Houve uma correlação fraca mais significativa (r=0,35 e p=0,02) entre o NAF e o IMC no sexo feminino. Conclui-se que as mulheres apresentaram alta prevalência (30%) de excesso de peso/obeso e a maioria da amostra é sedentária, sobretudo os homens. Apenas as mulheres apresentaram uma correlação positiva fraca entre IMC e NAF. Assim, a conscientização desses escolares sobre a importância da atividade física e de hábitos alimentares saudáveis é fundamental, e deve envolver todas as esferas da sociedade, escola, família e políticas públicas.