Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol IV (2019)

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EFEITOS DE DIFERENTES TREINAMENTOS AUTOTÔNICOS SOBRE A RESISTÊNCIA MUSCULAR DE PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO
Vinícius Teixeira Fernandes, Anselmo Gomes Moura

Última alteração: 2019-10-14

Resumo


A busca constante por melhores resultados na musculação vem crescendo, sendo então necessário investigar os resultados dos treinos e métodos utilizados, como por exemplo, o autotônico. Nesse há uma junção contrações isométrico e isotônico durante uma mesma repetição. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes treinamentos autotônicos sobre a resistência muscular isotônica e isométrica. A amostra em estudo possuiu 20 pessoas de ambos os sexos e idade entre 18 a 46 anos, divididos em isometria funcional (IFU; n = 10, sendo 8 mulheres) e isometria final (IFI; n = 10, sendo 8 mulheres). Foram realizados 14 exercícios, divididos em dois treinos diferentes (Treino A: membros superiores e abdômen; Treino B: Membros inferiores e cintura pélvica), com três séries de dez repetições de contrações isotônicas máximas, além de contrações isométricas no ponto do pico de contração do músculo alvo, em relação a maior desvantagem mecânica. O grupo IFI realizou cinco segundos dessa contração após as 10 RM isotônicas, enquanto que o IFU realizou cinco segundos destas contrações a cada repetição isotônica, ambos com descanso de um minuto entre as séries e cadência de 2:0:2:0. Em todos os exercícios os indivíduos atingiam a falha concêntrica. O treinamento teve duração de 4 semanas, com frequência semanal de 4 x/sem, com intervalo 48 h a 72 h entre os pares das sessões. Foram avaliadas a resistência muscular localizada do conjunto do membro superior e cintura escapular (RMSE) por meio do teste de flexão de braços de 1 minuto; dos flexores do quadril e abominais (RMQA), por meio do teste de abdominais de 1 minuto e a força e estabilidade do core (FEC), por meio do teste de Mckenzie. Os dados foram comparados por meio de ANOVA two way de medidas repetidas, seguido do post-hoc de Tukey, com α = 5%. A RMSE aumentou somente no grupo IFU no período pós-treinamento comparado ao pré-treinamento (IFU pré: 11,30 ± 10,04 reps vs. IFU pós: 13,40 ± 11,58 reps; p = 0,03). Essa diferença não ocorreu no grupo IFI (IFI pré: 10,80 ± 11,46 reps vs. IFI pós: 12,00 ± 12,89 reps; p = 0,09). Com relação RMQA, somente o grupo IFU apresentou melhora após o período de treinamento (IFU pré: 17,80 ± 7,89 reps vs. IFU pós: 24,40 ± 10,28 reps; p = 0,0015). Essa diferença não ocorreu no grupo IFI (IFI pré: 17,20 ± 11,08 reps vs. IFI pós: 18,90 ± 12,84 reps; p = 0,138). Da mesma forma somente o grupo IFU aumentou a FEC após o período de treinamento (pré: 3,10 ± 5,15 reps vs. pós: 5,70 ± 5,46 reps; p = 0,031), fato que não aconteceu no IFI (pré: 2,90 ± 3,38 reps vs. pós: 4,60 ± 6,59 reps; p = 0,063). Em nenhuma das análises houve diferença entre os grupos nos momentos pré e pós-treinamento (p > 0,05). Pode-se concluir que o treinamento IFU apresentou melhora em todos as resistências avaliadas. Já o IFI apresentou melhoras de desempenho apenas na resistência de membros inferiores.

Palavras-chave: Treinamento, Força, Isometria.