Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol IV (2019)

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A importância da equipe interdisciplinar na condução do paciente com Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH
Thaís Ruela Martins, Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha, José de Alencar Ribeiro Neto

Última alteração: 2019-10-15

Resumo


 

Introdução: O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é o distúrbio neurocomportamental mais comum na infância e frente aos propósitos de Missawa e Rossetti (2014), tem sido cada vez mais estudado devido ao grande aumento do número de diagnósticos. É um transtorno de base neurológica, de grande influência genética, que cursa com os seguintes sintomas centrais: desatenção, hiperatividade e impulsividade (MISSAWA e ROSSETTI, 2014). Os comportamentos mais frequentes conforme o trabalho de Effgem et al (2017) são: irritabilidade, baixa tolerância à frustração, prejuízo escolar, problemas cognitivos na atenção e funções executivas ou na memória, comportamentos de procrastinação, dificuldade de focalização e sustentação da atenção, dificuldade em organização e priorização de atividades, entre outros. De acordo com Seno (2010), esse transtorno pode ser classificado em quatro tipos: predominantemente desatenta, predominantemente hiperativa/impulsiva, combinada e tipo não específico. O diagnóstico é realizado no âmbito clinico, somado a escalas diagnósticas (DSM), formulários como o SNAP-IV e relatório escolar para coleta de dados do paciente (EFFGEM, et al, 2017). E apesar de não existir cura, através do tratamento com as especialidades adequadas para cada caso, basicamente, psiquiatra, psicopedagoga, psicólogo (TCC), psicoeducação dos pais, se necessário fonoaudióloga, e de forma interdisciplinar, o tratamento simultâneo realizado ao paciente por várias especialidades, surte efeitos positivos, resultando em um prognóstico excelente e a manifestação desse distúrbio tende a diminuir de forma satisfatória. Objetivo: O presente estudo visa orientar sobre a importância da interdisciplinaridade na condução do paciente com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) visando proporcionar-lhe atendimento clínico de referência na área da saúde, assim como, tornar o tratamento que normalmente envolve apenas o psiquiatra ou apenas multiprofissionais sem haver uma comunicação entre eles, em interdisciplinar. Metodologia: O método de pesquisa se baseia em revisões bibliográficas, publicadas na base de dados Scielo, sobre o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o tratamento mais adequado deste e sobre a interdisciplinaridade. Resultados e discussão: Diante dos estudos obtidos através dos artigos científicos publicados sobre esse tema, denota-se que as informações acuradas, implicam na sustentação da importância da interdisciplinaridade na condução do transtorno, visto que o tratamento adequado do TDAH não é obtido apenas com medicação, através de drogas psicoestimulantes, pelo psiquiatra e sim pela simultaneidade de varias especialidades como o psicólogo com o TCC que objetiva trabalhar o comportamento do paciente, modificando o meio físico e social, o fisioterapeuta, que utiliza, em algumas situações, o Programa de Estimulação Psicomotora (PEP), auxiliando a criança com esse diagnóstico a diminuir a hiperatividade e organizar a psicomotricidade, o fonoaudiólogo que é necessário em algumas circunstâncias para agir no exercício dos fonemas, organização de discurso e adicionar vocabulários, entre outras (EFFGAM, et al, 2017). Essa multidisciplinaridade visa cuidar de todas as demandas apresentadas por cada paciente com TDAH, sendo ela no âmbito da independência, escolar, segurança, autoestima, comportamento e relacionamento social. Conclusão: Conclui-se que, em consonância às revisões bibliográficas, o tratamento interdisciplinar do paciente com TDAH é de importância indiscutível em vista dos benefícios obtidos e a rápida evolução destes pacientes. Dessa forma, visto que o estudo sobre esse transtorno é amplo e não possui uma regra de diagnóstico, sendo feito de diversas formas. Ainda, é notória a importância de difundir sobre o que e como é realizada adequadamente a interdisciplinaridade, com a finalidade de tornar essa troca de informações entre as especialidades necessárias no tratamento do paciente com esse transtorno, respeitando os princípios de integralidade e equidade do SUS, um protocolo de tratamento.