Introdução: Segundo BARBOSA et al. (2018), a síndrome de Down (SD) é uma alteração genética acarretada pela presença de um cromossomo adicional no par 21. O desenvolvimento e a evolução de uma criança portadora dessa síndrome são mais demorados que de uma criança que não possui tal distúrbio. Entretanto, não se pode afirmar que devido a essas limitações essas crianças não podem ter uma vida normal e viver em sociedade. Elas podem e possuem capacidade de se desenvolver e progredir implantando seus conhecimentos e aprimorando seu intelecto. Conforme MOREIRA et al. (2000), os portadores dessa síndrome podem exibir todas as características físicas ou algumas delas: prega palmar única; dedos curtos; pescoço encurtado; grande flexibilidade nas articulações; espaço abundante entre o halux; olhos arredondados; entre outras. Além disso, é muito frequente apresentarem problemas cardiológicos, déficits no desenvolvimento neurológico, diminuição do tônus muscular, problemas na glândula tireoide, alterações de visão e audição, ganho de peso, envelhecimento precoce, distúrbio na coluna cervical, desenvolvimento lentificado com retardo na aquisição da fala, dificuldades de aprendizagem e de outras situações que dependem do ambiente que essas pessoas estejam introduzidas. Diante disso, este grupo de crianças necessita de acompanhamento com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, assistentes sócias, professores e de seus familiares para melhorar o seu bem-estar, a qualidade de vida e ajudá-las na inserção social. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo realçar a importância da intervenção interdisciplinar como estímulo qualitativo aos pacientes com síndrome de Down visto promover estratégias específicas favorecendo a inclusão social, a independência e o desenvolvimento individual de cada criança. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de estudos que acompanharam crianças portadoras da síndrome de Down que não tiveram acompanhamento com uma equipe interdisciplinar e crianças que foram beneficiadas com a assistência de uma equipe interdisciplinar. Resultados e discussão: Os resultados mostram significância estatística em crianças portadoras da síndrome de Down que tiveram a intervenção dos profissionais que trabalharam em equipe visando à alfabetização, o desenvolvimento cognitivo, a coordenação motora, a fala e a interação social. Conclusão: Pode-se concluir que para ajudar uma criança portadora da síndrome de Down se inserir no meio social e alcançar a sua independência, a equipe interdisciplinar é fundamental para o seu crescimento e desenvolvimento. Os estímulos oferecidos a este grupo de crianças, desde os primeiros meses de vida são indispensáveis e cruciais para a evolução. Por isso, compreende-se que quanto antes os pais buscarem ajuda para intervir no desenvolvimento de seus filhos, os estimulando em atividades cognitivo-linguísticas e intercedendo nas suas dificuldades específicas, melhores serão os resultados no desenvolvimento da linguagem oral e escrita, na autonomia, na liberdade, na aprendizagem e no convívio social, garantindo que no futuro elas possam se transformar em adolescentes e adultos independentes.