Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol IV (2019)

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ALIMENTAÇÃO (IN)SUSTENTÁVEL: a alimentação como interferência ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
Carlos Augusto Motta Murrer, Diheylainy Santos Almeida da Cunha

Última alteração: 2019-10-14

Resumo


O processo de alimentação vai além da escolha do alimento, sua preparação e o ato de comer. Há que se considerar todo um procedimento específico ou cadeia para cada alimento, seja ele animal, vegetal ou mineral, de sua produção até sua venda para o consumidor final. Portanto, há - ou deveria - preocupação na produção, transporte, descarte de resíduos e meios de comércio alimentar.

A escolha por um cardápio carnívoro, foco atual de debate, apresenta um impacto acerca da produção agropecuária: necessidade de grandes áreas para o mantimento dos animais até o abate; áreas essas tipicamente e regularmente desmatadas desmatamento; redução e  extinção de espécies vegetais e animais; aumento do número de queimadas; crescimento da poluição atmosférica e empobrecimento do solo.

Segundo relatório das Nações unidades do ano de 2018, a pecuária é responsável pela produção de 14,5% do total de gases do efeito estufa, além de consumir cerca de 7 mil litros de água para a produção de 500 gramas de carne e impulsionar o desmatamento do meio ambiente a fim de criar terras propicias para a criação de gado.

Ademais, devido ao crescimento da população mundial, haja vista a perspectiva de incidência e existência de 10 bilhões de pessoas em 2050, a indústria busca a elevação em massa da produção de alimentos, para que isso seja possível, as empresas – majoritariamente as transnacionais – têm confiado em tecnologias e procedimentos imediatistas de caráter insustentável.

Conforme o relatório do World Resources Institute na Conferencia do Clima da ONU, COP-24 do Clima, em Katowice, Polônia para alimentar cerca de 10 bilhões de pessoas a agropecuária deverá ser quadruplicada e ainda sim será necessário que se diminua a demanda por carne. Para que a demanda seja sanada, há a constante expansão de terras agrícolas, inclusive sobre terras de preservação.

Hodiernamente, aumentou-se a disposição de alimentos em relação as décadas passadas, principalmente com a aposta das empresas de alimentos na tecnologia avançada. Todavia, o aumento no consumo de carne tem degradado o meio ambiente, atingido tanto a vegetação e a água local, quanto o ar atmosférico, indo contra toda tutela ambiental apregoada por nossa lei magna, a Constituição que afirma no art. 225 que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

O Instituto de Recursos Mundiais (WRI) traz três principais soluções para evitar uma crise alimentar e o aquecimento global: deve-se aumentar a produtividade por hectare, cortar o consumo de carne e extinguir o desperdício de alimentos.

Destarte, a redução do consumo de carne deve ser considerada um dos principais meios de preservação do meio ambiente, nestes termos esta pesquisa foca na problemática educacional alimentar como novo paradigma de proteção ambiental

Utiliza metodologia qualitativa e instrumentos bibliográficos e documentais.