Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

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Construção de oficina de demências como ferramenta de sensibilização ao discente de Medicina
Bruna Pacheco Alves Sousa, Alex Fabrício Oliveira, Mabelle Fragoso Souza, Ana Carolina Lopes Martins, Douglas Costa Silva, Filipe Alves Chagas, Tiago Antoniol, Rodrigo Barros Freitas

Última alteração: 2018-10-12

Resumo


INTRODUÇÃO: As demências são doenças crônico-degenerativas que cursam com a perda de memória associadas à no mínimo mais uma deficiência cognitiva. Para compreender melhor a associação entre as demências em especial a doença de Alzheimer,foram realizadas oficinas a fim de obter a aprendizagem teórico-prático sobre os instrumentos de screening de demências. OBJETIVOS: Apresentar um relato de experiência sobre a construção de oficina como ferramenta metodológica de pesquisa da doença de Alzheimer. DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS AÇÕES: Participam das oficinas 3 docentes, sendo um médico Psiquiatra, um médico Neurologista e um Bioquímico e cinco discentes do curso de medicina. A primeira etapa das oficinas consistiu na fase de contextualização em seguida treinamento na aplicação do instrumento de avaliação das funções cognitivas por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e na discussão sobre metodologias utilizadas em experimentos com propósitos semelhantes e possíveis ajustes em nosso projeto. A aquisição do conhecimento sobre doenças demenciais e o processo de coleta de dados, que se baseia na avaliação médica do paciente, diagnóstico de doença demencial, realização do MEEM. O grande desafio encontrado na construção da oficina foi de ajustar a logística de treinamento para melhor preservar o paciente em estudo e garantir o desenvolvimento do aprendizado continuado nos discente, visto que a proposta metodológica coloca-os como agentes ativos da construção do conhecimento teórico e também prático a medida que parte da oficina se deu no Asilo São Vicente de Paulo com aplicação do instrumentos mini mental e conversas com a equipe de enfermagem e cuidadores para garantir a distinção adequada entre os transtornos demenciais e assim traçar junto a equipe médica a melhor estratégia terapêutica. RESULTADOS: Dentre os resultados alcançadospode-se destacar a descoberta de possibilidades: de novas abordagens de ensino; de execução de ensino integrado; de geração de ambiente de trabalho em equipe; de tratamento interdisciplinar dos conteúdos, partindo de situações reais e concretas; de desenvolvimento de atitudes críticas e científicas; de articulação entre teoria e prática, de reflexões feitas à luz de pressupostos teóricos com base na teoria discutidas nas reuniões e de discussões sobre metodologias de pesquisas com propósitos semelhantes. CONCLUSÕES: O processo da aprendizagem não se confunde com o da produção científica, mas deve antecedê-lo necessariamente. O aprendizado da ciência leva à compreensão de sua gênese e do processo histórico que a justifica e explicita o seu estatuto de cientificidade. As oficinas uma vez sendo responsáveis por produção dialógica, podem gerar ricas produções discursivas e são responsáveis pela construção do conhecimento entre acadêmicos e docente.

Palavras-chave


Oficina Pedagógica, Ensino Médico, Demência

Referências


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