Última alteração: 2018-10-10
Resumo
Introdução: Nos tempos atuais, um dos grandes obstáculos é respeitar as diferenças dos deficientes, e no caso dos deficientes auditivos temos outro obstáculo agravante que é a comunicação, mas que pode ser combatida com a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Anteriormente, predominavam as ideais de que os surdos teriam que vocalizar as palavras independentes de quanto improdutivo seu esforço, num processo conhecido como oralismo, até surgir e oficializar a LIBRAS. Essa nova linguagem de sinais vem proporcionando ao surdo inúmeros benefícios como inclusão na sociedade, aumento do desempenho no aprendizado, uma melhor qualidade de vida pela maior interação familiar e social, bem como conhecimentos gerais, culturais e relacionados à saúde. O desconhecimento dessa linguagem pelo profissional de saúde é uma grande barreira para um atendimento de boa qualidade ao deficiente auditivo. Com todos estes agravantes relacionados ao convívio social do surdo, temos ainda dificuldades em torno da logística de atendimento desta população, fazendo necessário, durante o atendimento clínico, encontrar métodos eficazes para avaliar o acesso deste paciente aos serviços de saúde e desenvolver uma melhor relação entre os serviços de saúde com esta população, que utiliza LIBRAS para se comunicar. Objetivo: Este estudo tem como objetivo demonstrar acerca da importância da LIBRAS no atendimento qualitativo na área da saúde ao paciente surdo. Metodologia: O método de pesquisa se baseia em revisão de literatura de artigos que conscientizam acerca da importância da LIBRAS para a comunicação com pessoas surdas. Resultados e discussão: Houve uma evolução significativa da acessibilidade da população em geral a consultas através SUS, ao passo que não se nota tal aumento expressivo de atendimentos voltados a pessoas surdas, que por sua natureza destaca em seus princípios, a igualdade ao acesso, a equidade dos valores e aumento da autonomia oferecendo assim uma assistência integral. Para caracterizarmos a qualidade de vida dos surdos é preciso conhecer sua cultura e suas motivações e saber o quanto esses fatores influenciam na busca ou não ao atendimento médico, sendo isso possível somente através de uma tradução e adaptação de diálogos eficientes, com este grupo de pessoas, mediados pela LIBRAS. Com a criação do SUS, perante a Lei Orgânica da Saúde 8.080/88, foi possível investir na capacitação e criação de estratégias para uma inclusão dessa população no atendimento primário e interação social, porém ainda são pouco expressivas numericamente e não muito efetivas. Para um melhor atendimento desta população é necessário um investimento na qualificação dos profissionais através de cursos de LIBRAS durante a formação profissional, com a finalidade de mensurar a qualidade de vida das pessoas surdas e o seu acesso às informações pertinentes a sua saúde. Conclusão: Concluiu-se que é fundamental a conscientização dos profissionais na área da saúde do atendimento as pessoas surdas em LIBRAS.