Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, VOL III (2018)

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COMUNICAÇÃO ENTRE FUNCIONÁRIOS DE UNIDADE DE SAÚDE E PACIENTES SURDOS: um problema?
Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha, Ronan Prudente de Oliveira, Cristiano Andrade Quintão Coelho Rocha

Última alteração: 2018-10-10

Resumo


Introdução: É notório que a pessoa surda, por vezes é prejudicada pela falta de comunicação de profissionais na área da saúde. O fato de, muitas vezes, não compartilharem a Língua Brasileira de Sinais, gera distanciamento entre o profissional de saúde e o surdo. Essa verdade somada à barreira decorrente do preconceito e exclusão social culmina na realidade vigente hoje no Brasil, onde o acesso à saúde e a qualidade de vida dessas pessoas são precárias. Obstáculos como dificuldade de estabelecimento de uma relação de confiança entre profissional de saúde e paciente surdo, contestabilidade das informações trocadas, baixa aderência e continuidade ao tratamento são fatores que ferem os direitos, pregados pelas diretrizes da Lei 8.080/90, do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Perante a situação alarmante do estado de saúde dos surdos no Brasil, levando em consideração a subnotificação devido à falta de procura, instituiu-se a Lei Federal n°10.436 (2002), que reconhece a LIBRAS como meio de comunicação e afirma o dever das instituições públicas de saúde, assim como das terceirizadas, de garantir tratamento adequado aos surdos.  Em dezembro de 2005 o decreto n°5.626 estabeleceu que toda instituição pública de saúde deve dispor que no mínimo 5% dos funcionários sejam capazes de se comunicar por meio da LIBRAS. Objetivo: Este estudo visa apurar a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes surdos e, decorrente execução do decreto N° 5626. Metodologia: O método da pesquisa se baseia em revisão de literatura acerca da importância do estabelecimento da LIBRAS em unidades de saúde buscando contribuições no processo de comunicação do profissional de saúde e pacientes surdos. Resultado: A deficiência auditiva, por vezes, gera dificulta à comunicação devido aos diferentes canais de comunicação interpessoal. A dificuldade de exposição entre paciente surdo e profissional da saúde corrobora, muitas vezes, para um entendimento precário, errôneo e negativo rompendo com a qualidade do atendimento prestado quando não estabelecida a LIBRAS. Diversos estudos apontam que, grande parte dos profissionais da unidade de saúde entende a importância do aprendizado da LIBRAS, porém, não tiveram nenhum tipo de treinamento por parte da instituição e afirmam o desejo de fazer o curso caso lhes fosse disponibilizados. Conclusão: Perante o despreparo de muitos profissionais de saúde para o atendimento de pacientes surdos, o presente estudo atesta a necessidade de cumprimento do decreto n° 5.626, para que haja melhoria no acesso à saúde e qualidade de vida dos pacientes surdos.


Palavras-chave


LIBRAS; Profissionais de Saúde; Surdos; Deficientes Auditivos; Sistema Único de Saúde.