Introdução: A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é a segunda língua oficial do Brasil desde 2002, pela publicação da Lei 10.436, de 24 de abril. Tal acontecimento representa uma grande conquista para a população surda, visto que equivalem a 5% da população total. Entretanto, ainda há muito despreparo por parte da parcela ouvinte, uma vez que a comunicação em sinais, bem como o ensino da língua, não são suficientemente disseminados no país, contribuindo para o isolamento e, muitas vezes, a negligência aos surdos, em áreas extremamente relevantes, como no atendimento à saúde, em virtude do despreparo de médicos, enfermeiros e profissionais, em geral, ao comunicar-se efetivamente com essas pessoas. Esse déficit resulta em erros que poderiam ser evitados, não fosse a precariedade no conhecimento da LIBRAS. Tais erros abrangem desde orientações preventivas, as quais facilmente evitariam doenças ou mesmo o agravo delas até o atendimento, seja pela má compreensão dos sintomas, seja pela deficiência em estabelecer uma comunicação fluida no momento das recomendações médicas, essenciais para a eficaz compreensão pelo paciente da correta prescrição medicamentosa, ideal para que o tratamento surta efeito e, consequentemente, o indivíduo tenha sua saúde restabelecida ou melhorada. Objetivo: O presente ensaio objetiva salientar a importância do estudo e aprendizado da LIBRAS nos Cursos da área da saúde, a fim de preparar os futuros profissionais para uma correta e adequada comunicação com os surdos, prevenindo a ocorrência de erros tanto no tratamento medicamentoso quanto na promoção da saúde em geral e possibilitando a prevenção de doenças por meio da correta orientação clínica. Metodologia: O método da pesquisa exposta baseia-se no estudo das leis instituídas no Brasil acerca da Língua Brasileira de Sinais, bem como na percepção do ensino da LIBRAS no meio acadêmico dos cursos das diversas áreas da saúde. Resultados e discussão: Infere-se que para uma maior inclusão social, bem como, a ruptura de barreiras no acesso à saúde, faz-se indispensável o ensino de LIBRAS em todo território nacional, prioritariamente nos cursos das áreas da saúde. Assim, por meio de uma comunicação mais fluida, o resultado esperado são tratamentos mais eficazes, com menos registros de prescrições errôneas, reincidência da enfermidade, intoxicação medicamentosa ou ineficácia no tratamento. Ademais, observar-se-á uma melhor prevenção à saúde, uma vez que o acesso do médico e demais profissionais da saúde aos pacientes surdos será menos abstrato, o que possibilitará um melhor entendimento acerca de sua saúde e de como cuidar dela, a fim de prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida. Conclusão: Em consonância com as ideias expostas, conclui-se que um dos melhores instrumentos para a prevenção de erros médicos e de doenças, bem como para a inclusão social e promoção da saúde, é o correto aprendizado de LIBRAS por profissionais da saúde, visando uma comunicação fluida entre cuidadores e pacientes, a fim de transmitir orientações, sejam elas de remediação ou prevenção, de maneira eficaz ao paciente surdo.

PALAVRAS-CHAVE:

LIBRAS; Tratamento; Promoção da Saúde; Comunicação adequada.