Introdução: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) configura-se como uma ferramenta essencial na promoção da qualidade no atendimento clínico à pessoa surda, de maneira a assegurar a comunicação efetiva entre profissional da saúde e paciente, proporcionando a melhor compreensão do problema clínico a ser solucionado. Entretanto, a consolidação da aplicação de tal instrumento na promoção de uma saúde mais humanizada ainda é uma realidade factível e necessária de ser alcançada. Isso porque a deficiência no conhecimento da referida língua prejudica as garantias dos direitos conferidos pela Lei.  Objetivo: Este estudo objetiva afirmar e enfatizar a importância do ensino de Libras na graduação, especialmente no curso de Medicina. É fundamental que os alunos realmente aprendam a Língua Brasileira de Sinais a fim de proporcionar inserção social aos pacientes surdos, contribuindo, dessa forma, para uma saúde mais inclusiva e fortalecendo o exercício da cidadania. Além disso, busca-se aumentar a adesão dos pacientes surdos ao sistema de saúde brasileiro por meio de uma prática médica integrativa. Metodologia: A metodologia de pesquisa utilizada nesse estudo se baseia na revisão bibliográfica de artigos e de leis sobre Libras e inclusão dos surdos na área da saúde através do conhecimento de Libras pelos médicos. Resultados e discussão: A existência de entraves a serem enfrentados com relação a disseminação da LIBRAS no ambiente médico dificulta a adesão dos pacientes surdos ao sistema de saúde, pois profissionais despreparados não conseguem ofertar atendimento equânime aos deficientes auditivos, quando comparado à população em geral. Ainda nesse viés, considerando que a LIBRAS é reconhecida como a primeira língua dos surdos e a Lei nº 10.436 oficializa essa língua como a legítima forma de comunicação desse grupo minoritário, a resolução do quadro problemático apresentado faz-se necessário por meio de uma boa formação no ensino superior, o que compreende aprender os sinais de forma correta e entender a fundamental relevância das expressões faciais nessa forma de comunicação não verbal. Desse modo, o atendimento clínico por um profissional de saúde que domina tal língua de sinais proporcionará um melhor e mais amplo entendimento da enfermidade sofrida pelo paciente surdo e sua devida inclusão na área da saúde, bem como socialmente. Além disso, é válido salientar que a LIBRAS pode ser necessária em casos graves de saúde, até mesmo para salvar vidas, o que corrobora a importância do conhecimento pelo médico, principalmente. Conclusão: Portanto, conclui-se que é extremamente relevante o ensino de Libras na graduação, com destaque para o curso de Medicina, pois possibilita uma maior integração e universalidade, sem excluir os surdos de um bom atendimento médico. Sendo assim, é importante progredir ainda mais, compartilhando a importância da dedicação à disciplina pelos estudantes, visando melhora contínua da comunicação entre médico e paciente surdo.

PALAVRAS-CHAVE

LIBRAS; Formação Médica; Atendimento clínico; Saúde; Graduação.