Introdução: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) são contaminações que acometem pessoas de ambos os sexos, de todas as idades, de todas as classes sociais e de todas as etnias. O modo de transmissão dessas enfermidades é através do contato íntimo desprotegido entre uma pessoa infectada e uma não infectada. Apesar de ser simples o entendimento de contágio dessas doenças, na maioria dos casos, não é possível perceber a olho nu quem está infectado, porque algumas dessas patologias podem não ter nenhum sintoma físico visível, fato que facilita a propagação dos agentes causadores delas. Sobre esse assunto, há parcelas da sociedade que são mais sujeitas a essas contaminações, devido à ausência de informações básicas de como as IST’s são transmitidas, como por exemplo a comunidade surda. Sendo assim, nota-se que a falta de campanhas específicas para esse grupo e de profissionais especializados em LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais – corroboram a essa situação. Pois, a pessoa surda não consegue ter acesso a informações corretas a respeito do modo de transmissão e de sintomas das IST’s existentes, consequentemente, o surdo é um potencial propagador dessas infecções. Objetivo: O presente ensaio objetiva salientar a importância do estudo e do aprendizado da LIBRAS nos cursos da área da saúde. Nesse sentido, visa contribuir para uma comunicação clara com o paciente surdo, tendo como principal objetivo a propagação de informações para a comunidade surda a respeito das transmissões e dos sintomas das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Assim, esse grupo terá uma forma de aprender e de sanar as dúvidas existentes sobre o tema. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de artigos referentes à transmissão e ao conhecimento a respeito das Infecções Sexualmente Transmissíveis na comunidade surda. Resultados e discussão: Percebe-se que, ainda que exista dispositivos legais que recomendem a inserção da LIBRAS no currículo dos profissionais da saúde, é notório a ausência de pessoas da área capacitadas em LIBRAS, fato que se torna um problema de saúde pública. Devido a isso, percebe-se que os surdos têm grandes dificuldades nos atendimentos e nas consultas médicas quando comparados com os ouvintes, o que corrobora a discussão desse resumo científico. Ainda, nota-se a errônea observação de algumas pessoas da comunidade surda a respeito de certas doenças, como a AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – em que elas acreditam que se adquire a enfermidade apenas por promiscuidade, uso de drogas e contato com sangue, sendo para eles uma doença claramente visível caracterizada apenas pela magreza dos portadores.   Conclusão: Conclui-se que, a comunidade surda necessita de atendimentos de saúde por profissionais capacitados e especializados em LIBRAS, para que a disseminação de Infecções Sexualmente Transmissíveis seja contida. Assim, os surdos além de adquirirem mais conhecimentos dos sinais e dos sintomas que surgem após exposição às IST’s, terão conhecimentos a respeito de prevenções, o que proporcionará maior qualidade de vida através das informações ofertadas.

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