Última alteração: 2023-03-28
Resumo
Introdução: Muitas vezes o atendimento odontológico, torna-se receoso para as crianças, uma vez que, o cirurgião-dentista é visto, por vezes, por meio de uma crença negativa baseada na dor. Consequentemente, o odontopediatra deve usar a psicologia a seu favor para conduzir o atendimento da melhor maneira possível e reverter a crença em positiva. Neste viés, é válido destacar que o medo, a angústia, a ansiedade e a insegurança das crianças, refletem no comportamento no consultório, o que dificulta a realização do procedimento. Nessa perspectiva, alguns dos comportamentos que impedem a intervenção do profissional são: choro, grito, execução de movimentos com o corpo, recusar-se a abrir a boca, entre outras atitudes agressivas. Objetivo: O presente ensaio objetiva fornecer informações acuradas acerca das dificuldades e desafios do profissional da odontologia durante o atendimento às crianças. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na busca bibliográfica eletrônica, com dados obtidos, no período selecionado de 2017 a 2022, sendo utilizados como base de dados: EEDIC e Google Acadêmico. Resultados e discussão: Algumas atitudes dos pais interferem na construção do pensamento da criança em relação ao cirurgião-dentista, pois muitas das vezes, a consulta odontológica é usada como uma ameaça pelos pais. Desde modo, naturalmente, parte das crianças percebem o tratamento como algo ruim e doloroso. Além disso, propagandas que associam profissionais da odontologia com instrumentos cortantes e perfurantes, como carpules e bisturis podem transmitir um sentimento prévio de medo e dor ao paciente, principalmente as crianças. Dessa forma, é necessário que o cirurgião-dentista juntamente com os gestores do consultório coloquem em prática conhecimentos teóricos da Psicologia, por meio, de comunicação e conscientização dos pais, assim esses familiares entenderão como é prejudicial associar a imagem de um profissional da saúde com um castigo para a criança. Nesse contexto, a Psicologia também pode ser aplicada nas ações de marketing e propagandas do setor odontológico, sendo necessário ressaltar sempre que imagens com equipamentos utilizados durante o procedimento podem interferir na tranquilidade psicológica do paciente, e com isso, o ideal é que, em propagandas, o profissional da odontologia seja sempre associado com alguém que transforme sorrisos e vidas, com imagens de pessoas felizes e alegres, já que esse é um dos objetivos da profissão. Conclusão: Atitudes voltas para o bem-estar psicológico nas intervenções de saúde bucal são de suma importância, uma vez que o profissional pode controlar os pensamentos e as atitudes da criança, amenizando condutas agressivas, e assim facilitando o tratamento odontológico. Essas intervenções devem ser realizadas, por meio de ações que acalmem e tranquilizem a criança, e também, pela orientação com a família. Além disso, a Psicologia nesse contexto da odontopediatria, fornece uma assistência ao paciente, à família e aos profissionais da saúde inclusos nesse processo, buscando sempre o bem-estar físico e mental dos pacientes, especificamente, as crianças.
PALAVRAS-CHAVE
Crianças; Odontopediatra; Dificuldade; Atendimento; Psicologia; Tratamento.