Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, I Mostra de Trabalhos Científicos em Saúde UNIFAGOC

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INFLUÊNCIA DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS
Juliana Dád Almeida Silva, Clarissana Araújo Botaro, Larissa Abranches Arthidoro Coelho Rocha, Cristiano Andrade Quintão Coelho Rocha

Última alteração: 2022-02-02

Resumo


INTRODUÇÃO: Estima-se que cerca de 17,6 milhões de brasileiros apresentam idade acima de 60 anos e que em 2025 o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de idosos. Dentre muitas mudanças no processo de envelhecimento, destacam-se as alterações posturais e de equilíbrio; diminuição da massa muscular e força; e déficits de mecanismos responsáveis pela marcha, o que propicia maiores chances de morbimortalidade entre idosos. Estima-se que as intervenções efetivas de prevenção de queda estão baseadas no treino de equilíbrio e força muscular, o que reporta o importante papel da fisioterapia neste quesito. OBJETIVO: Descrever os efeitos da fisioterapia na prevenção de quedas em idosos. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão bibliográfica, com artigos que abordam os fatores de risco de quedas em idosos e o trabalho de prevenção da fisioterapia. As pesquisas foram feitas nas bases de dados Scielo; Revista de Medicina Minas Gerais e Revista de Educação Física Unesp. O critério para inclusão foram artigos que falavam sobre a fisioterapia e idosos. RESULTADOS: Em um estudo realizado com 150 idosos constatou-se que o risco de queda aumenta conforme a idade com prevalência no sexo masculino e entre senis que moram sozinhos. Observou-se que 90,5% das quedas ocorreram da própria altura; além disso, 74,6% das quedas acontecem em casa e 36% ocorrem por fatores extrínsecos relacionados ao local onde vive, demonstrando a importância da adequação do ambiente para idoso. Em outro estudo realizou-se a avaliação funcional de 53 idosos, os quais foram divididos em grupo 1 (G1), grupo 2 (G2) e grupo controle (G3). Estabeleceu-se um programa de exercícios constituído de 20 sessões, realizadas por 8 semanas consecutivas, 45 minutos diários, 3 vezes na semana, sendo: exercícios no solo para o G1 e hidroterapia para G2. O programa de exercícios previa alongamentos, fortalecimentos e relaxamento muscular. Os resultados obtidos foram: melhora do equilíbrio do G1, em indivíduos não praticantes de atividades físicas; melhora da qualidade da marcha nos indivíduos do G2. Concluiu-se que os pacientes dos G1 e G2 tiveram melhora do equilíbrio, mobilidade, maior independência funcional e melhora na qualidade/velocidade da marcha. Por fim, em um terceiro estudo, foram realizados exercícios de coordenação motora, equilíbrio, alongamento, fortalecimento muscular e treino de transferência com idosos de 60 anos ou mais. Dos 17 idosos presentes no estudo, 11 apresentavam-se independentes e 6 apresentavam dependência moderada, antes da realização dos exercícios. Após a intervenção fisioterapêutica todos os indivíduos apresentaram independência funcional, em relação às atividades, e obtiveram melhora do equilíbrio, flexibilidade e força muscular. DISCUSSÃO: Observou-se que não há apenas um fator que predispõe os idosos às quedas, mas a combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos aumenta as chances dos episódios ocorrerem. Nota-se ainda que o trabalho preventivo da fisioterapia é de extrema importância, pois reduz fatores de risco, promovendo maior funcionalidade dos indivíduos, através da cinesioterapia ou outras técnicas fisioterapêuticas, alinhados à orientação familiar, gerando mais independência funcional e qualidade de vida.  CONCLUSÃO: A fisioterapia atua na prevenção dos fatores de riscos de quedas, diminuindo as chances destes episódios entre os idosos.Palavras-chave: Idosos, Fisioterapia.