Introdução: A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é notoriamente, um marco edificante para a oportunização de inclusão social às pessoas surdas. No cerne da proposta inclusiva de atendimento na área da saúde aos pacientes surdos encontra-se a comunicação e sua importância, que se concretiza em práticas baseadas no respeito as pessoas assistidas, melhor compreensão das informações proferidas e interações interpessoais contribuintes ao atendimento médico de referência. Neste viés, frente as análises acerca da temática, a comunicação é imprescindível, contudo seu desenvolvimento pode ser construído de forma positiva ou negativa tendo como condução na prática diversos fatores, entre eles, a conduta no atendimento médico, assim como o grau de importância que é dado ao profissional da saúde em assistir os pacientes de forma humanizada.  Objetivo: O presente ensaio visa investigar a importância da comunicação entre médico e paciente surdo como fator contribuinte para o atendimento clínico de excelência na área da saúde alicerçado a uma visão holística. Metodologia: O método de pesquisa se baseia na revisão bibliográfica de leis asseguradas por meio de Políticas Públicas, assim como, no estudo da concepção holística e do atendimento a pessoa surda assistida de forma humanizada. Resultados e discussão: O estabelecimento da linguagem é um constructo integrante no desenvolvimento do ser humano, sendo que quando suprimido acarreta em danos para a pessoa nos campos emocionais, sociais e intelectuais, quando conseguinte se encontra alicerçada a precariedade na comunicação. O ato de comunicar é uma estratégia enriquecedora no estabelecimento de relações interpessoais, interações no compartilhamento de informações, pensamentos, partilhas de sentimentos e emoções, trazendo maior entendimento na expressão do que se almeja evidenciar no diálogo. Todavia, é essencial ressaltar que a comunicação não é proferida de forma unilateral, ou seja, é abordada de variadas formas, tendo sua maior importância em expressar de forma coesa a informação que se almeja transmitir gerando compreensão. Neste viés, as pessoas surdas se ancoram na LIBRAS, reconhecida como sua primeira língua como pilar condutor de comunicação efetiva, sendo elo precioso para a comunicação. Deste modo, o atendimento médico em LIBRAS é visto pelo paciente surdo como um bálsamo oportunizador para a compreensão de suas necessidades, assim como um recurso fundamental para que possa fornecer as informações necessárias ao médico sobre como está se sentindo, sendo estas, por vezes, contribuintes para a anamnese e diagnóstico. Ainda, a interação médico-paciente surdo por meio da língua brasileira de sinais confere a pessoa surda atendimento integral, baseado também nas necessidades individuais especiais da pessoa assistida, gerando melhorias no atendimento do paciente sob uma visão holística endossada no entendimento do paciente surdo nas mais variadas interfaces.  Conclusão: Conclui-se que, em consonância as afirmativas explanadas, o atendimento médico ao paciente surdo fornecido em LIBRAS deve se legitimar não apenas por leis vigentes, mas também pelo compromisso ético com a vida e o bem-estar da pessoa surda assistida, principiados no respeito a sua forma de comunicação, contemplando um olhar holístico e humanizado no âmago desta temática, promovendo proatividade no estabelecimento das práticas inclusivas.

Palavras-chave: LIBRAS, atendimento médico, paciente surdo, comunicação e visão holística.