INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento do ser humano tem sido um dos focos de atenção de cientistas em todo o mundo, uma vez observada a quantidade de indivíduos que estão chegando à terceira idade. A avaliação dos componentes da composição corporal possui várias aplicações em programas direcionados à promoção da saúde e treinamento físico desportivo. Desse modo, o exercício físico se bem orientado, é também um elemento valioso para manter e aumentar a flexibilidade nos idosos. Os aumentos da flexibilidade parecem minimizar os declínios desta capacidade, promovendo uma melhora na execução das atividades da vida diárias (AVDs). Objetivo: O objetivo desse estudo foi verificar os efeitos de dois programas de exercício (um de força e outro de resistência muscular) sobre os parâmetros biofísicos de idosos participantes do Programa de Saúde da Família. Metodologia: Participaram deste estudo 98 idosos de ambos os sexos, divididos em três grupos: um grupo que realizou o treinamento de força (GF), um grupo de resistência muscular (GRM) e um grupo controle (GC). O percentual de gordura foi avaliado por meio da perimetria corporal (protocolo de Penroe, Nelson e Fisher), sendo utilizado para isto uma fita métrica com medidas distintas entre homens e mulheres. A massa corporal e estatura foram coletadas para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Foi utilizado o Teste de Caminhada de 1600m para estimar o VO₂ máx, aferição da pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) e a flexibilidade foi avaliada por meio de um teste adimensional chamado Normalflex, que visa minimizar as dificuldades encontradas por profissionais da área da saúde quando se veem frente a grandes grupos de indivíduos e dispõem de pequenos períodos de tempo para a realização dos testes. Resultados e discussão: Na literatura, existem relatos sobre alterações substanciais no percentual de gordura corporal após programas de exercício aeróbico bem como alterações igualmente substanciais em indivíduos que se mantêm sedentários. Considerando que o exercício aeróbio isolado tem um efeito hipotensivo e que a sua realização, de forma regular, encerra um potencial de longo prazo na redução da pressão arterial, então, poderá afirmar-se que o exercício aeróbio se constitui como uma medida de modificação do estilo de vida, com elevado valor para a prevenção primária da hipertensão, e como estratégia terapêutica não farmacológica importante para o tratamento e controlo da mesma. Conclusão: Os dados apresentados neste estudo sugeriram que distintos programas de treinamento, por meio do treinamento de força e do treinamento de resistência muscular mostraram melhoras nos parâmetros biofísicos de idosos comparados ao grupo controle, proporcionando melhor qualidade de vida a essa população.

Palavras-chave: Programas de treinameneto, parâmetros biofísicos, idosos e qualdiade de vida.