Introdução: A hipertensão arterial é uma das principais causas de morbimortalidade cardiovascular no mundo. O descontrole dessa condição está associado a complicações graves, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, sendo uma das maiores causas de mortalidade global. Em um mundo cada vez mais digital, os smartphones tornaram-se parte integrante da vida cotidiana. Nesse contexto, o uso de aplicativos móveis voltados à saúde representa uma estratégia promissora para melhorar o manejo de doenças crônicas. Aplicativos que promovem o autocuidado, a adesão ao tratamento e a modificação de hábitos de vida têm demonstrado bons resultados entre pacientes hipertensos. Objetivo: avaliar efeito de aplicativos no controle da pressão arterial, adesão à medicação e mudanças no estilo de vida em pacientes hipertensos. Método: Foi realizada uma revisão sistemática conforme as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). A busca foi realizada em bases de dados científicas para identificar ensaios clínicos que investigaram o impacto de intervenções baseadas em aplicativos em pessoas com hipertensão. Os dados extraídos foram submetidos à meta-análise, comparando os efeitos da intervenção com aplicativo em relação ao controle tradicional. Resultado: análise conjunta de seis estudos que avaliaram a pressão arterial sistólica demonstrou um efeito geral significativo a favor da intervenção com smartphone (diferença ponderada = - 2,28mmHc; IC 96%: 3,90 a -0,66). Os estudos sobre adesão à medicação mostraram um efeito significativo a favor do grupo de intervenção. Conclusão: O uso do app mHealth demonstrou ser um bom método de aumentar a adesão ao tratamento da pressão alta, ao estimular o cuidado pessoal e fornecer uma boa experiência ao usuário.  Os resultados indicam melhora na adesão ao tratamento e redução significativa da pressão arterial sistólica. Uma diminuição média de 3 mmHg pode representar reduções de até 8% na mortalidade por acidente vascular cerebral e 5% por doença coronariana.