Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol III (2018) - n.1 - I Semana de Psicologia - FAGOC

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Entendendo a sinapse química
Mirlaine de Fátima Silva, Natália Esthefany Rocha Coelho, Maria Roméria Silva, Alexandre Augusto Macedo Correa

Última alteração: 2018-08-12

Resumo


Introdução - A transdução de sinal é a transformação de um estímulo de uma natureza específica em uma outra forma química de condução. As células comunicam por meio de mensageiros químicos, os quais se ligam a receptores da célula alvo. A sinapse química é a região localizada entre neurônios em que agem os neurotransmissores, e constitui parte da sinalização célula-célula. Além de um neurônio a outro, por meio da sinapse o impulso nervoso pode ser transmitido, de um neurônio para uma célula muscular ou glandular. O objetivo do trabalho é entender como ocorre a sinapse química. A metodologia utilizada envolveu de revisões bibliográficas, atividades realizadas em sala de aula e roda de estudo.

Resultados - A sinapse química ocorre entre o neurônio pré-sináptico e pós-sináptico, por meio de mediadores químicos denominados neurotransmissores. Acetilcolina, adrenalina, noradrenalina, dopamina, serotonina e histamina são exemplos de neurotransmissores, ou seja, são moléculas químicas que servem para comunicar o neurônio pré-sináptico com o neurônio pós-sináptico. Aqui, discutimos o processo de despolarização do neurônio pré-sináptico e a consequente liberação de um neurotransmissor específico, a acetilcolina. Inicialmente, a membrana plasmática do neurônio pré-sináptico está polarizada (interior negativo e exterior positivo) pela ação da bomba de Na+/K+ dependente de ATP. Quando este neurônio é estimulado ocorre o avanço de um potencial de ação ao longo do axônio. A abertura de um canal de Na+ controlado por voltagem permite a entrada de Na+, e a despolarização local resultante causa a abertura dos canais de Na+ adjacentes. Imediatamente após a passagem do potencial de ação por um ponto do axônio, canais de K+ controlados por voltagem se abrem, permitindo a saída de K+, o que causa a despolarização da membrana, preparando-a para o próximo potencial de ação. No instante em que a onda de despolarização atinge a extremidade do axônio, canais de Ca2+ dependentes de voltagem se abrem, permitindo a entrada desses íons. Os neurotransmissores são contidos em vesículas do neurônio pré-sináptico, as quais liberam os neurotransmissores na fenda sináptica – espaço existente entre os dois neurônios. É importante ressaltar que na sinapse química não há comunicação direta entre os dois neurônios. O aumento na concentração interna de Ca2+ resultante desencadeia a liberação do neurotransmissor acetilcolina para dentro da fenda sináptica. A acetilcolina na fenda sináptica liga-se a um receptor

localizado na membrana do neurônio pós-sináptico, levando à abertura de seu canal iônico controlado por ligante. Na+ e Ca2+ extracelular entram por meio deste canal, despolarizando a célula pós-sináptica. Dessa forma, o sinal elétrico transfere-se para o corpo celular do neurônio pós-sináptico e desloca-se ao longo do axônio até um terceiro neurônio por meio desta mesma sequência de eventos.

Conclusão – O estudo e discussão em grupo bem como a análise de esquemas e figuras em livros didáticos beneficiaram a compreensão e aprendizagem do funcionamento da sinapse química.


Palavras-chave


Roda de estudo, sinapse, neurotransmissor.