Introdução: Tendo em vista as orientações do Conselho Federal de Psicologia na resolução 12/2011, que regulamenta a atuação da(o) Psicóloga(o) no âmbito do sistema prisional, o qual, destaca em seu artigo primeiro, o fazer desse profissional voltado para a promoção dos processos de construção de cidadania, em contraposição à cultura da primazia da segurança, o curso de Psicologia da FAGOC realiza em parceria com a Vara de Execuções Penais da comarca de Ubá e o Presidio de Ubá, o projeto de extensão em Psicologia Jurídica. Através desse projeto são realizados atendimentos individuais e em grupos com os sujeitos internos do presídio de Ubá- MG. O Objetivo desse resumo é apresentar o relato de experiência do projeto de extensão em Psicologia Jurídica do Curso de Psicologia da FAGOC. Método: Trata-se de uma pesquisa de finalidade básica, natureza observacional com abordagem qualitativa e objetivos exploratórios. Como procedimentos para produção dos dados foram utilizados os relatórios semanais, realizados pelos bolsistas do projeto. Resultados: O projeto de extensão é composto pela realização de encontros em grupo com os internos do sistema prisional, atendimento individuais no presidio de ubá e atendimento aos familiares e egressos do sistema prisional. Os grupos, que ocorrem as segundas feiras, tem como objetivo o debate sobre cidadania; a percepção dos participantes em relação as vulnerabilidades pessoais e sociais que possam favorecer os comportamentos de risco e a reincidência criminal; a identificação dos fatores de proteção a não reincidência criminal; e o levantamento de pessoas e instituições que podem contribuir para prevenção a criminalidade. Já os atendimentos individuais, que ocorrem as terças feiras, apresentam como objetivo dar o espaço de fala os internos, bem como o estabelecimento de vínculos. Já os atendimentos ao egresso do sistema prisional e seus familiares ocorrem às quartas feiras, no Fórum de Ubá. Seu objetivo é identificar os fatores de risco e vulnerabilidades sociais e realizar encaminhamentos para rede de proteção, diante da demanda de cada sujeito atendido. Conclusão: O trabalho da(o) Psicóloga(o) no sistema é permeado por uma série de dificuldades, porém essas, não devem engessar sua prática, ou a tentativa de formas de atuação voltadas para a cidadania, nunca sucumbindo a primazia da segurança e da disciplinarização do indivíduo.