Última alteração: 2018-06-05
Resumo
A terapia cognitivo comportamental tem sido eficaz no tratamento de vários tipos de transtornos, consiste em um tratamento focal, que se atém no presente e que requer uma colaboração entre paciente e terapeuta, a fim de obter êxito. Vários estudos tem comprovado a eficácia da terapia cognitivo comportamental, como no caso da compulsão alimentar, o uso da TCC melhora significativamente os sintomas relacionados a este transtorno. Ela também se destacou como a abordagem que tem mais evidências consistentes da melhora de pacientes bipolares. É também comprovadamente efetiva no tratamento de transtorno obsessivo compulsivo e transtorno do pânico. Partindo da eficácia da TCC, o presente trabalho visa apresentar a utilização da terapia cognitivo comportamental em adultos. Sobre o método, trata-se de uma metodologia qualitativa, de finalidade básica, caracterizada por referência bibliográfica de cunho explicativo. Realizado sobre o tema abordado. A revisão cientifica possibilitou compreender que vários aspectos são importantes no uso da TCC em adultos, são eles: a relação terapêutica, a avaliação do caso, a conceitualização, o plano de tratamento em si e o processo terapêutico, as estratégias terapêuticas utilizadas e o modo de finalização do tratamento. O sucesso do tratamento em TCC esta intimamente ligado à relação terapêutica. O que a caracteriza é a colaboração, a simplicidade e o foco na ação. O Terapeuta precisa passar confiança, cordialidade, empatia e genuinidade, para o cliente a fim de que ele coopere com o tratamento. Este e um trabalho de equipe, aonde o paciente vem com suas queixas e o terapeuta com as técnicas, com isso vão construir em conjunto a trajetória a seguir, a fim de alcançar a meta do paciente.A relação terapêutica e de fundamental importância na adesão do paciente ao tratamento, exigindo do terapeuta habilidades interpessoais, para se estabelecer este vinculo, além dos aspectos práticos do processo. Faz-se necessário também considerar as emoções do paciente e a dificuldade que ele possa apresentar em participar ativamente de todo tratamento. A TCC defende uma terapia pautada na aprendizagem do sujeito. A relação terapeuta-cliente deve se dar dando um lugar a esses dois sujeitos, o terapeuta por si só não vai resolver o problema e nem o cliente sozinho o fará, essa relação se dará pela interdependência desses sujeitos. Lembrando que cabe ao terapeuta levar em consideração aspectos importantes tais como: a escolaridade do sujeito, o meio social em que vive a cultura e etc. A TCC trabalha da seguinte forma primeiro faz a avaliação do caso para a compreensão e a seguir fazer a conceitualização e o planejamento do tratamento, bem como a intervenção. É na avaliação que o terapeuta foca no problema específico e também faz a educativa do cliente de como funciona a TCC os recursos e técnicas que serão usadas, bem como do dever de casa ao qual o sujeito deve fazer para assim contribuir para um resultado satisfatório da terapia. É na avaliação que o terapeuta deve identificar os pensamentos automáticos, as crenças intermediarias e as crenças centrais do cliente, bem como conhecer as estratégias que ele desenvolveu para lidar com crenças disfuncionais. É de extrema necessidade que o terapeuta conheça bem o cliente no funcionamento afetivo, cognitivo e comportamental, além de suas experiências de vida e os aspectos que contribuíram para o desenvolvimento do problema e os que têm papel de mantenedores, os fatores que fazem o problema agravar ou amenizar, avaliar também outras queixas além da apresentada naquele momento e investigar de que forma o cliente lidava com episódios anteriores a fim de se conhecer recursos positivos de enfrentamento. Desta forma, concluímos que o terapeuta cognitivo comportamental é de suma importância para a reestruturação dos pensamentos automáticos, bem como no auxílio das distorções das crenças cognitivas. Sabe-se que a Terapia Cognitivo Comportamental trabalham em curto prazo, focando no agora e com tempo determinado. As sessões da TCC variam de sujeito para sujeito, cabendo ao terapeuta o manejo das atividades atrelados à criatividade. Devendo sempre desenvolver o rapport para com o cliente para o sucesso das sessões. A utilização das técnicas: seta ou flecha descendente e questionamento socráticos contribuem de maneira eficaz para determinarmos as crenças centrais e intermediária do sujeito. Mediante a identificação, o terapeuta irá delegar tarefas básicas para o sujeito, tais como: registro de atividades, reestruturação do pensamento automático, enfrentamento com os desafios ou medos. Sendo assim, o terapeuta deve fazer com que o cliente compreenda sua tríade cognitiva, processo conhecido como Psicoeducação. Através do mesmo, o sujeito terá clareza das suas tomadas de decisão, auto monitoramento, resolução de conflitos para uma melhor relação entre Eu, o agora e o futuro.