Sistema Eletrónico de Administração de Conferências, Vol III (2018) - n.1 - I Semana de Psicologia - FAGOC

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Outras formas de ser FAMÍLIA
Romário Machado Ferreira, Aline Joice Ribeiro, Rosilaine Moreira Gazola, Fabrícia Rodrigues Sudré Laktini, Jonathan Allysson Moreira, Gabriela Silveira Meireles

Última alteração: 2018-06-05

Resumo


Nas novas formas de ser da família a família formada por gays ou lésbicas ainda chamam a atenção e a curiosidade para o fato de formarem lares e quererem filhos. O que vemos é cada vez maior o número de uniões estáveis sendo vividas e sendo reconhecidos legalmente os direitos de conjugue nas relações homoafetivas. Apesar de terem seus direitos garantidos por lei, a uma grande polêmica em vários setores sociais em relação a adoção por casais homossexuais. Desta forma o presente trabalho tem por objetivo apresentar o processo sócio histórico do preconceito correlacionado a outras formas de ser família. Sobre o método, trata-se de um pesquisa bibliográfica, as pesquisas ocorreram em 15 de maio de 2018, nas bases de dados scielo, BVS e em análise de livros. A revisão de literatura possibilitou compreender que há muitos estudos sobre homossexualidade, como se fundamenta, mas a crítica relativa ao homossexual é que pouco é capaz de se dizer como funciona suas práticas, desejos, identidades e sentimentos, mas pode-se pensar refletindo essas críticas porque o desejo, identidade e sentimentos é do sujeito e não daquele meio que o julga como se não fosse possível sentir. O senso comum tem esses pré – julgamentos, mas a reflexão por vezes não acontece, se alocar num grupo especifico de críticos e apontar uma opinião pronta é muito mais fácil do que refletir individualmente, porque a reflexão sempre vai estar na minoria. Ainda falando em senso comum no século XIX eles remontam o conceito antinorma da masculinidade, ou seja tudo aquele que não segue um padrão específico, um critério de avaliação da sociedade dito como normal é considerado anormal, um homem não pode ter desejos diferenciados, nem adotar comportamentos ditos socialmente como femininos porque ele está fugindo desse padrão e é dito como anormal, temos o exemplo de que antes da reforma psiquiátrica gays eram levados a força para os manicômios por se tratar de sua homossexualidade. O desejo pelo mesmo sexo há tempos é considerado como até pecaminoso na religião, crime na jurídica e doença na medicina, lembrando novamente a história de gays antes da reforma psiquiátricas nestes tais hospitais. Quando a mulher também decide sua orientação sexual na virada do século XIX ... ela é apontada por “homem do corpo invertido”, e não alguém que decidiu trilhar seu caminho da maneira que te satisfaz, te deixa feliz. Homens e mulheres são adequados pela sociedade pelo seu grau de perfeição, quanto mais perfeito for, mais adequado e normalizado este está na sociedade. A homossexualidade em nossa sociedade já foi tratada como pecado pela igreja, como delito pelo direito e como doença pela medicina. Estamos aos poucos galgando esse lugar de sujeitos dotados de direitos e deveres para além dos preconceitos sofridos. Estudos mostram que crianças criadas por casais homossexuais possuem os mesmos problemas que crianças criadas por casais héteros, o que está em jogo na relação parietal não é a sexualidade dos pais e sim a disposição de energia na afetividade, no companheirismo e na compreensão da individualidade desses sujeitos, além do respeito, há crianças que não levam os coleguinhas em casa por não querer que descubram que tem duas mães ou dois pais assim como há crianças que não levam por não querem que os colegas presencie brigas dos pais héteros ou outro tipo de expressão de falta de respeito. Com o empoderamento feminino e a tomada da mulher em vários campos da sociedade a estrutura tradicional de família, aonde o homem era o genitor que trazia o alimento e o dinheiro, enquanto a mulher cuidava da casa e dos filhos, vem mudando progressivamente. Nos dias de hoje a mulher pode decidir quando terá filhos, se criará sozinha ou terá um companheiro(a), ou mesmo se terá filhos. Também podemos nos ater ao fato de homens que cuidam do lar enquanto suas esposas trabalham fora ou mesmo homens que ficam com a guarda dos filhos após uma separação, o que a algum tempo e ainda hoje é visto com estranheza, pois socialmente falando foi dado a mulher esse lugar de cuidadora e não ao homem. Portanto, pensar em outras formas de família é pensar que os preconceitos sócio histórico ainda permeiam nossa construção e a nossa linguagem, porém, deve-se internalizar o amor pela diferença de gênero e construir uma visão que permitam o acesso ao direito das populações excluídas. Cabe a nós reconhecermos o qual ridículo é toda e qualquer forma de preconceito e rotulação do sujeito e enxergarmos para além dos estereótipos, vermos a beleza do ser humano e sua capacidade de amar das diversas formas variadas possíveis, respeitando a individualidade de cada ser, de cada lar, de cada FAMÍLIA.


Palavras-chave


Família, preconceito