A psicoterapia infantil requer um olhar sistêmico para todo o contexto familiar tanto para a compreensão dos sintomas da criança quanto para a construção da intervenção.  Sendo assim, este trabalho tem o objetivo de apresentar um relato de caso atendido pelo discente do curso de Psicologia na clínica escola do Centro de Práticas e Pesquisas Nise da Silveira, da FAGOC. O paciente atendido é uma criança de oito anos, que chegou com a queixa de agressividade e nervosismo. Ele reside com a avó paterna e o pai, pois sua mãe faleceu quando o mesmo tinha cinco anos.  A metodologia utilizada foi o atendimento clínico individual, com abordagem da terapia cognitivo comportamental. Ao utilizar a técnica do mapeamento diário das emoções, percebeu-se que as emoções relatadas pelo paciente estavam relacionadas ao contexto familiar. Diante disso, foi trabalhado um mapeamento de atividades em que o pai deveria fazer junto com o filho e foi solicitada também a presença da irmã mais velha, buscando fortalecer o vínculo entre os irmãos. Pode-se concluir que para trabalhar com a clínica infantil é indispensável o trabalho com a família. A criança se constituiu em um meio social e familiar, e esta interação diz muito dos problemas que a criança pode estar enfrentando. A família assume papel de mediador da construção desta criança, os pais precisam assumir o papel de psicoeducador. Para isso o terapeuta precisa estabelecer constantes encontros para promoção de informações básica que posam ajudar o filho, sempre deixando claro o papel dos pais e o papel do terapeuta.