Objetivo geral: O presente resumo busca compreender de que modo a mídia e a indústria cultural manipulam e controlam o cidadão comum, através dos meios de comunicação e dos discursos neles envolvidos.

Metodologia: A pesquisa será exploratória e descritiva, baseando-se em análise documental e bibliográfica.

Discussão: O compartilhamento de conteúdo e a facilidade de acesso à informação descentralizou as concentrações de poder, favorecendo a democratização do saber e a diversidade. Por outro lado, gerou um conflito de interesses que levam à manipulação, ao controle e à construção de informações falsas por parte dos discursos midiáticos. Para a filósofa Viviane Mosé, as grandes empresas trabalham na descoberta de nossas fragilidades e paixões. De acordo com o texto “Ninguém nos conhece tão bem quanto nossa mãe, certo?” essas empresas conhecem o ‘o quê’, o ‘onde’, o ‘como’ e o ‘quando’ das necessidades, dos desejos e das demandas de seus clientes e sabem tudo sobre nós - coisas que nem nós mesmos sabemos. Toda essa vigilância permite tocar no ponto de nossas emoções e construir informações falsas, dizendo o que gostaríamos de ouvir a partir de nossos interesses, estimulando o conflito e o choque. A tirinha do Henfil, publicada no jornal da Associação Médica Brasileira em 1983, que diz “Parabéns! O remédio que o senhor descobriu foi aprovado! Agora só falta o nosso departamento de marketing criar a doença...”, assim como o escândalo do Facebook, que ocorreu recentemente, no qual a empresa Cambridge Analytica utilizou dados coletados dos usuários da rede para influenciar nos resultados da campanha presidencial dos EUA em 2016, são exemplos claros disso. Sabe-se que a verdade é um ideal que todos buscam alcançar desde o século V a.c., através de Sócrates. Trata-se de um fim inatingível, já que a própria ciência é falha e não é possível encontrar verdades únicas e válidas para todos em todos os tempos. Mas cada um tenta a qualquer custo defender aquilo que acredita ser a verdade, sem olhar para o lado do outro, para aquilo que é diferente, disseminando intolerância, como “cegos em tiroteio”.

Resultados: A informação falsa ataca as nossas paixões, nossas emoções. Precisamos aprender a ler para uma sociedade mais ética e mais justa. Ainda de acordo com Viviane Mosé, existem pontos de encontro entre lados opostos, pois os valores não se opõem, se complementam. Sendo assim, é desnecessária a guerra da informação que vivemos hoje e, por fim, devemos sair do lugar de eleitor para o lugar de cidadão, já que a política sofre graves consequências neste contexto.